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Bolsas europeias fecham em queda; euro e libra seguem estáveis comparados ao dólar
Depois de a libra e o euro recuarem com força nas últimas sessões, principalmente após o anúncio do programa britânico de subsídios e corte de impostos, hoje as moedas buscaram alguma recuperação, mas se mantiveram perto da linha d’água por volta do horário de fechamento das bolsas.
Os principais benchmarks acionários europeus fecharam no vermelho, ainda diante da incerteza acerca do desempenho econômico na região, com a escassez de gás no horizonte. A sessão também foi marcada por informações de autoridades suecas sobre dois vazamentos no canal Nord Stream 1.
No fim das negociações, o índice Stoxx 600 terminou em queda de 0,13%, a 388,24 pontos.
Entre as bolsas, a de Londres caiu 0,52%, a 6.984,59 pontos, enquanto a de Paris recuou 0,27%, a 5.753,82 pontos, e a de Frankfurt registrou perdas de 0,72%, 12.139,68 pontos.
Já na Itália, a referência de Milão perdeu 1,16%, a 20.961,38 pontos, enquanto na Espanha, o Ibex 35, de Madri, caiu 0,84%, a 7.445,70 pontos.
Setores
Entre os índices setoriais do Stoxx 600, o melhor desempenho ficou com o segmento de energia, que subiu 1,43%. As ações da Shell subiram 1,45%, enquanto as da britânica BP avançaram 0,27%. O movimento se deu em uma dia de recuperação dos preços dos contratos mais líquidos do petróleo, seja do Brent ou WTI.
A commodity se beneficiou da fraqueza do dólar no exterior e também do fechamento de plataformas no Golfo do México devido ao furacão Ian.
Em relação às moedas, hoje a libra buscou recuperação pela manhã, mas perto das 13h15 já operava em queda novamente, recuando 0,24%, a US$ 1,0738.
Enquanto isso, o euro, que também operava em território positivo mais cedo, agora segue em queda de 0,11%, a US$ 0,9607.
Em relatório, o Goldman Sachs apontou que as medidas de política anunciadas pelo governo britânico implicam um gasto substancial. “Estimamos que as intervenções elevarão o déficit público para 7,2% do PIB em 2022/23 e 5,3% do PIB em 2023/24, elevando o índice de endividamento para 104,3% até 2024”, disse.
Para o banco americano, embora esta deterioração das perspectivas orçamentárias exija escolhas difíceis no futuro, não é preciso muito temor em torno da sustentabilidade da dívida do Reino Unido. “Mesmo após essas medidas fiscais, o índice de endividamento do Reino Unido permanecerá menor do que na maioria das outras economias do G7, com prazo médio de [pagamento da] dívida significativamente maior.”
O que ajuda a deixar o investidor de mau humor é como a região vai contornar os problemas da inflação, diante de projetos de ajuda e subsídios e também com a questão do gás natural ganhando a cada dia um capítulo de nova tensão. Hoje, autoridades suecas informaram sobre dois vazamentos de gás no canal Nord Stream 1. Polônia, Dinamarca e Alemanha não descartam a possibilidade de sabotagem.
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