Fundos de ações de Petrobras e Vale renderam até 25 vezes mais que o FGTS desde o lançamento
Trabalhador poderá usar dinheiro do fundo de garantia para comprar ações da Eletrobras
Os fundos mútuos de capitalização da Petrobras e da privatização da Vale lançados em 2000 e 2002 renderam respectivamente oito vezes e 25 vezes mais do que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ao trabalhador que optou por usar o saldo do FGTS para adquirir cotas. Segundo dados levantados pelo Valor Data, Petrobras teve uma valorização de 1.236,2% de 18 de agosto de 2000 a maio de 2022, enquanto o FGTS rendeu só 152,7% no período. Já Vale subiu 3.426,4% de março de 2002 a maio de 2022, contra 133,4% do FGTS.
Na época da operação com a Petrobras, o governo chegou a oferecer um desconto de 20% sobre o preço das ações para estimular as pessoas a trocarem a renda garantida do FGTS pelo risco das ações da estatal. Com a privatização da Eletrobras, o governo abrirá novamente a possibilidade de as pessoas usarem até metade do saldo para comprarem indiretamente ações da empresa por meio desses fundos mútuos.
As regras de liquidez devem ser as mesmas do fundo de garantia, ou seja, o dinheiro só pode ser resgatado em caso de demissão sem justa causa, compra de imóvel, aposentadoria, diagnóstico de câncer e HIV e outras situações específicas. A aplicação será por meio de instituições que funcionarão como administradoras dos fundos mútuos de privatização. Vale lembrar, contudo, que todo investimento em renda variável envolve riscos e que desempenho passado não é garantia de retorno futuro.
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