G7 vai restringir capacidade do BC da Rússia de usar ouro em transações
Até agora, as sanções não impactavam os US$ 130 bilhões de reservas de ouro do país
Líderes do G7 anunciaram nesta quinta-feira que restringirão o uso de ouro pelo Banco Central da Rússia em suas transações, como parte de um novo pacote de sanções para pressionar Moscou a recuar da invasão da Ucrânia.
Até agora, as sanções contra o Banco Central da Rússia não impactavam os US$ 130 bilhões de reservas de ouro do país. No fim de fevereiro, a instituição anunciou que retomaria a compra de ouro no mercado doméstico de metais preciosos.
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A medida foi incluída em um pacote de sanções anunciado pela Casa Branca. O governo americano afirmou que a iniciativa dificultará ainda mais que a Rússia use suas reservas internacionais para apoiar a economia e para financiar a guerra contra a Ucrânia.
Os EUA também anunciaram sanções contra 48 empresas estatais de defesa, 328 membros da Duma, a câmara baixa do Parlamento russo, e dezenas de oligarcas aliados de Vladimir Putin.
Entre os alvos das novas sanções está Herman Gref, presidente-executivo do Sberbank, o maior banco da Rússia, e conselheiro de Putin. Outro nome incluído na lista é o do bilionário russo Gennady Timchenko.
Além disso, o G7 e a União Europeia (UE) lançaram um novo esforço para compartilhar informações e coordenar suas respostas para evitar que a Rússia consiga contornar as sanções impostas desde o início da guerra, que completou hoje um mês.
“Nossas sanções à Rússia não têm precedentes. Em nenhuma outra circunstância nos movemos tão rapidamente e de forma tão coordenada para impor custos devastadores a qualquer outro país”, afirmou a Casa Branca na nota.
As sanções foram anunciadas em meio a uma série de importantes reuniões diplomáticas em Bruxelas. Líderes ocidentais discutirão a guerra contra a Ucrânia em cúpulas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), do G7 e da UE.
(Do Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico)