Genoa Capital: Como interpretar o cenário econômico para achar as melhores oportunidades de investimento
Neste episódio do videocast No Mundo dos Fundos, a gestora que atraiu R$ 13,5 bilhões em investimentos em apenas dois anos e meio explica sua estratégia
Depois de muitos anos trabalhando juntos no mercado financeiro, André Raduan, Emerson Codogno e outros cinco sócios fundaram, no começo de 2020, em São Paulo, a Genoa Capital. A pandemia de Covid-19 começava a assustar o mundo, mas o planejamento da empreitada estava pronto, então os amigos decidiram seguir em frente.
A coragem valeu a pena. Apenas dois anos e meio depois, a Genoa tem R$ 13,5 bilhões sob gestão e seu principal fundo, o Radar, acumula ganhos de 34,65%, contra 15,97% do CDI no período.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
A fortaleza da gestora está na sua análise econômica. “A gente investe bastante em pesquisa. O que é isso? É conseguir identificar os diversos ciclos, se a economia está em expansão ou retração, se o desemprego está caindo, se a inflação está acelerando e o momento em que vai virar”, diz Raduan. “Usamos bases de dados de terceiros e fazemos coletas de dados própria.” Dos 50 funcionários da Genoa, 12 (quase um quarto) são dedicados à construção dos cenários que determinarão as estratégias adotadas por cada área: juros, câmbio, ações e mercado internacional.
Neste segundo episódio do videocast No Mundo dos Fundos, da Inteligência Financeira, Raduan e Codogno explicam como analisar o panorama econômico para econtrar as melhores oportunidades de investimento, especialmente em meio a acontecimentos nunca vistos antes, como a pandemia. “Passamos por uma mudança significativa nos dados. Por exemplo, na medição do desemprego. Geralmente, os pesquisadores saem às ruas para perguntar, mas, com o distanciamento social, não tinha mais rua, virou tudo online”, lembra Codogno.
No videocast, eles falam também de como lidar com o caso do Brasil (e dos países emergentes em geral), em que a instabilidade da política e da economia pedem que o horizonte da alocação de recursos seja mais curto e que as escolhas, revistas com maior periodicidade. Explicam como são feitas as projeções para o dólar, contam de que maneira o fato de a equipe se conhecer há bastante tempo ajuda na gestão do dinheiro, e traçam as perspectivas para o Brasil e o mundo nos próximos meses.