Goldman Sachs eleva preço-alvo de Petrobras e corta recomendação de Prio e Brava

Banco de investimentos alegou, no atual cenário dos preços do petróleo, prefere se concentrar em papéis de menor risco

Empresas citadas na reportagem:

O Goldman Sachs emitiu nesta quarta-feira relatório elevando o preço-alvo das ações da Petrobras (PETR4). Ao mesmo tempo, o banco de investimentos cortou a recomendação para Prio (PRIO3) a da Brava (BRAV3).

No caso de Petrobras, o preço-alvo das ações ordinária (PETR3) e preferencial (PETR4) subiram em 11% e 12%, respectivamente, para R$ 44,70 e R$ 40,70.

Na B3, porém, PETR3 recuava 0,5%, a R$ 40,81, por volta das 16h (horário de Brasília), enquanto PETR4 cedia 0,4%, a R$ 37,14.

A recomendação para os papéis seguiu em compra.

Porém, o aumento de preço-alvo não refletiu melhora das expectativas de resultado da Petrobras. Em vez disso, o Goldman apontou uma melhora relativa da Petrobras em relação às suas rivais no atual cenário de preços do petróleo.

“Em um cenário de baixa dos preços (…) definimos nossa preferência por ações que podem trazer um rendimento de dividendos atrativo com risco de execução limitado”, diz o relatório dos analistas Bruno Amorim, Guilherme Martins e Guilherme Bosso.

Goldman corta recomendação para Prio e Brava

No caso de Prio (PRIO3), a recomendação passou de compra para neutra.

Embora reconheçamos que a Prio possa entregar uma geração de caixa sólida em 2025, prevemos declínio de dois dígitos na produção de ativos maduros, diz o documento.

Além disso, os analistas avaliam que incertezas em relação ao calendário do licenciamento da plataforma Wahoo, o que poderia implicar nenhum crescimento significativo da produção no restante do ano.

No começo do mês, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu a licença de perfuração para o campo de Wahoo.

Na B3, PRIO3 caía 0,7%, a R$ 39,77.

O Goldman ainda rebaixou a recomendação para Brava (BRAV3), de neutra para venda, “dada sua maior sensibilidade a preços mais baixos do petróleo”.

De acordo com os analistas, a empresa também tem uma expectativa de crescimento menos atraente no setor em 2025 e 2026.

“Embora reconheçamos que parte disso pode ser explicado pelos preços do petróleo, acreditamos que pelo menos parte disso também pode ser explicado por estimativas de produção acima das nossas”, conclui o relatório.

BRAV3 tinha baixa de 1,9%, a R$ 22,90.

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