GPA (PCAR3) dispara após a varejista sinalizar queda do endividamento
Papéis da varejista têm subido forte na bolsa em meio a expectativas de melhora operacional em 2024 e especulações de saída do Casino
A ação do GPA (PCAR3) subia forte na B3 nesta quinta-feira (7), após a varejista ter sinalizado queda do endividamento nos próximos trimestres.
Por volta de 12h30 (horário de Brasília), o ativo avançava 6,3%.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice brasileiro de ações, evoluía 0,3%.
No evento anual com investidores na véspera, o vice-presidente financeiro e de relações com investidores do GPA indicou que a relação dívida líquida/Ebitda deve diminuir ao longo de 2024.
Últimas em Ações
Ebitda é a sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação.
O índice caiu de 5,9% para 5,2% no espaço de 12 meses até setembro passado.
A expectativa da empresa é de que esse indicador caia para 3,9% nos próximos meses.
A previsão leva em conta os cerca de R$ 620 milhões em ativos não estratégicos vendidos neste ano.
Além disso, o GPA tem a receber mais R$ 800 milhões, sendo R$ 790 milhões da venda de participação na Éxito e mais R$ 10 milhões da fatia na Cnova.
Mas o cálculo desconsidera a venda de postos de combustíveis e da sede da empresa.
“Ainda que um exercício hipotético, mostra o potencial que a gente deve alcançar nos próximos meses para a nossa companhia”, disse Rafael Russowsky no encontro.
Todos os recursos da venda de ativos serão empregados em reduzir a dívida, reafirmou a companhia.
Melhora das margens
Além disso, o GPA se comprometeu com a melhora do seu nível de rentabilidade medido pela margem Ebitda.
No terceiro trimestre, esse índice foi de 7%. A previsão é de que esse nível evolua para entre 8% e 9% em 2024.
“A gente não quer estacionar o guidance entre 8% e 9%”, acrescentou Russowsky, indicando que a empresa pretende buscar níveis maiores mais adiante.
Na mesmo reunião, o presidente-executivo do GPA, Marcelo Pimentel, classificou como especulações os rumores de que a companhia esteja para se tornar uma corporation.
Corporation é um jargão do mercado dado a empresas que não têm acionistas controladores, tendo o capital todo disperso em bolsa.
As conversas sobre essa possibilidade têm crescido após o grupo francês Casino, que tem 40,9% das ações do GPA, ter sinalizado em junho que pretende se desfazer de suas operações na América Latina.
A ação do GPA já disparou cerca de 29% em dezembro.
Ainda assim, o papel ainda acumula perda de 37% em 2023.