Hypera vê oportunidade bilionária após quebra de patente do Ozempic; ações têm forte alta

Abertura de mercado da semaglutida e da liraglutida deve abrir oportunidades para a farmacêutica Hypera (HYPE3) até 2030

Sede da farmacêutica Hypera, dona de marcas como Engov, Epocler, Doril e Benegrip. Foto: Divulgação
Sede da farmacêutica Hypera, dona de marcas como Engov, Epocler, Doril e Benegrip. Foto: Divulgação

As ações da farmacêutica Hypera (HYPE3) têm forte alta nesta sexta-feira (21), entre as maiores do Ibovespa, ajudando o índice a se manter no campo positivo. A valorização acontece mesmo com queda no lucro (-74,2% na base anual) e Ebitda e receita menores, segundo resultados divulgados mais cedo.

As ações avançam porque as projeções feitas pela companhia foram bem avaliadas pelo mercado. Além disso, existe uma estimativa de abertura bilionária de mercado para os próximos anos.

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Durante a teleconferência desta sexta, a Hypera destacou mudanças no mercado causadas pela quebra de patentes entre 2026 e 2030 de alguns medicamentos importantes, o que deve beneficiar a farmacêutica.

Quebra de patente do princípio ativo do Ozempic

Na avaliação dos executivos, a abertura de mercado da semaglutida e da liraglutida, das marcas Ozempic, Wegovy e Mounjaro, deve abrir oportunidades para as farmacêuticas capazes de atuar com esses princípios ativos.

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A Hypera está na fila para passar a produzir medicamentos com esses princípios ativos, que ainda estão protegidos pela lei global de patentes.

Atuar com semaglutida e liraglutida não é exatamente trivial. De acordo com o diretor-presidente Breno Oliveira, é grande a complexidade das moléculas. Logo, diz ele, os investimentos necessários para a produção serão grandes.

Contudo, os preços praticados na gôndola devem permanecer altos, avalia a Hypera. O que significa crescimento de receita, com margens elevadas para esses novos produtores, diz a empresa.

O mercado recebeu bem a avaliação.

A Hypera (HYPE3) registrou lucro líquido das operações continuadas de R$ 79,5 milhões no quarto trimestre do ano passado. Assim, houve uma queda em 12 meses de 74,2%.

Da mesma maneira, a receita líquida caiu 18,2%, mas no comparativo trimestral, para R$ 1,92 bilhão.

Como os bancos analisam HYPE3

Os resultados da Hypera não surpreenderam o Bradesco BBI. Segundo os analistas, os números vieram em linha com o esperado pelo banco. Então, o Bradesco BBI opta por manter a recomendação neutra para HYPE3.

Já para o Itaú BBA, os resultados do quarto trimestre da Hypera foram impactados negativamente por mudanças para otimização do capital de giro.

Logo, segundo os analistas do banco, o investidor deve ficar de olho nas expectativas para 2025, ainda incertas.

O Itaú BBA tem recomendação de compra para as ações da Hypera.

Por fim, na avaliação do Safra, os resultados para o quarto trimestre da Hypera foram neutros. O banco já antevia um fraco desempenho operacional. Assim como o Itaú BBA, o Safra destacou efeitos negativos de curto prazo da farmacêutica para, no futuro próximo, melhorar o seu capital de giro.

“Portanto, mantemos nossa classificação de Outperform [equivalente à compra] para as ações da Hypera”, avalia o Safra.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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