Ibovespa cai pressionado por lockdowns na China e volta aos 98 mil pontos
Investidores temem fechamentos em outros países; mercado penalizou aéreas e mineradoras
A China decretou lockdown em três cidades nesta segunda-feira (11) por causa da pandemia de Covid-19. A notícia trouxe sentimento pessimista ao mercado acionários e o Ibovespa caiu 2,07%, aos 98.212 pontos.
As ações da Vale (VALE3), que exporta grande parte de sua produção para o país asiático, fecharam o pregão em forte queda de 3,41%. O papel da mineradora é o mais pesado do Ibovespa.
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Contribuiu para a queda da Vale o recuo de 3,26% do futuro do minério de ferro para setembro negociado na bolsa de Dalian. Outras empresas do setor também sentiram o golpe, como Metalúrgica Gerdau (GOAU4), que recuou 1,93%, Usiminas (USIM5), que fechou em queda de 2,56% e CSN Mineração (CMIN3), que teve a maior queda do setor, de 4,61%.
Com o temor de um fechamento generalizado, as ações de empresas ligadas ao setor aéreo tiveram desempenho ruim. Gol (GOLL4) despencou 11,79%, Azul (AZUL4) caiu 7,55% e Embraer (EMBR4) fechou em queda de 5,23%.
“Com novos casos de covid-19, a política de lockdowns se estende, o que terá impacto no mercado e no crescimento econômico. Adicionalmente, o governo deve continuar não utilizando vacinas estrangeiras e, como os imunizantes chineses se mostraram menos eficazes até aqui, o vírus deve se manter como um fator de risco para o país asiático e para a cadeia de suprimentos”, diz Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos.
O mercado acionário do Brasil seguiu tendência global, já que mercados europeus e o norte-americano também fecharam no vermelho nesta segunda-feira.