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Ibovespa se aproxima do recorde nominal após fechar em alta pelo 8º pregão seguido
O Ibovespa fechou mais uma vez em alta. O principal índice da bolsa avançou e por pouco não anotou seu recorde nominal. Atualmente, o melhor desempenho é do dia 27 de dezembro de 2023, quando bateu 134.193,72 pontos.
Assim, o Ibovespa fechou esta quinta-feira (15) com alta de 0,63%, a 134.153,42, a oitava valorização consecutiva. O dólar também terminou o pregão em alta: +0,27%, a R$ 5,4833.
Pouco antes do fechamento, o Ibovespa estava acima desse patamar, mas teve leve desaceleração nos minutos finais. A máxima do dia, perto das 13h, foi de 134,5 mil pontos.
No exterior, as bolsas de Nova York subiram, com destaque para Nasdaq, que avançou 2,34%.
Altas sucessivas do Ibovespa
Nos últimos dias, a bolsa brasileira já vinha apresentando altas sucessivas, indicando que retomaria o patamar de fechamento de 2023, impulsionada por uma combinação de fatores externos e internos.
Nesse sentido, nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) veio praticamente em linha com as expectativas, consolidando a perspectiva de que o Federal Reserve possa cortar os juros em setembro.
“Esse cenário macroeconômico externo positivo, com a desaceleração do CPI, contribuiu para a queda nos rendimentos dos Treasuries de médio e longo prazos”, diz Gabriel Carris, analista da Aware Investments.
Petrobras ajuda, mas Vale é algoz
No Brasil, a continuidade de um cenário benigno, reforçado por resultados positivos na temporada de balanços, tem aumentado o otimismo com os ativos brasileiros. Assim, o Ibovespa se aproximou do recorde nominal.
Além disso, os bons desempenhos dos contratos futuros de petróleo, impulsionaram as ações da Petrobras. “Esse conjunto de fatores foi determinante para a subida consecutiva no mercado brasileiro,” acrescenta Carris.
Nos últimos 5 dias, PETR4 e PETR3 avançaram perto de 6%.
Nesse ambiente, a Vale (VALE3) destoa, com queda de 1,6% nos últimos cinco dias.
A mineradora perdeu mais de 25% do seu valor neste ano e deixou a posição de ativo mais poderoso do Ibovespa, deixando o lugar para as ações preferenciais da Petrobras.
Ibovespa hoje
O Ibovespa encerrou em alta pelo oitavo pregão consecutivo, em uma sessão marcada pela renovação da máxima histórica intradiária, após o índice se firmar acima dos 134 mil pontos nesta quinta-feira.
O bom humor externo, diante de dados fortes da economia americana, contagiou os índices acionários globais e favoreceu ativos de mercados emergentes, como o Brasil. Além disso, a entrada de capital estrangeiro e os resultados trimestrais acima do esperado de empresas listadas ajudaram a impulsionar a bolsa brasileira na sessão.
No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,63%, aos 134.153 pontos, próximo ao nível recorde de fechamento. Na mínima intradiária, tocou os 133.319 pontos e, na máxima, os 134.574 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 19,57 bilhões no Ibovespa e R$ 27,27 bilhões na B3.
Dólar hoje
O dólar à vista terminou as negociações desta quinta-feira em leve alta, em um dia marcado por dados mais fortes da economia americana. Com os indicadores afastando do radar as chances de recessão nos Estados Unidos, os rendimentos dos Treasuries avançaram e fortaleceram o dólar nos principais mercados.
Terminadas as negociações, o dólar à vista encerrou em alta de 0,27%, a R$ 5,4833, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,4512 e tocado a máxima de R$ 5,4933.
Já o euro comercial teve depreciação de 0,09%, a R$ 6,0167.
Perto das 17h10, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis mercados desenvolvidos, avançava 0,44%, aos 103,020 pontos. Já o rendimento da T-note de dez anos subia de 3,840% para 3,924%.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em forte alta hoje após o avanço mais forte que o esperado das vendas no varejo dos Estados Unidos e uma queda inesperada dos pedidos por seguro-desemprego na semana passada.
Os dados afastaram o temor do mercado quanto à possibilidade de recessão e abriram espaço para um forte apetite por risco em Wall Street, ainda que a resiliência da economia dos Estados Unidos leve o Federal Reserve (Fed) a cortar os juros de forma mais contida nos próximos meses.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,39%, a 40.563,06 pontos; o S&P 500 subiu 1,61%, a 5.543,22 pontos; e o Nasdaq avançou 2,34%, a 17.594,50 pontos.
Com ganhos de 3,38% e 2,54%, respectivamente, ações dos setores de consumo discricionário e tecnologia foram os principais ganhadores do dia no S&P 500.
Entre os papéis que se destacaram, Super Micro Computer disparou 8,59%, Walmart e Tesla subiram mais de 6%, a Broadcom teve alta de 5,35%, enquanto AMD, NVidia e Amazon saltaram em torno de 4%.
Bolsas da Europa
As bolsas europeias encerraram o pregão desta quinta-feira (15) com ganhos ao redor de 1%, acompanhando o rali das ações em Nova York, após dados de vendas no varejo e pedidos por seguro-desemprego dos Estados Unidos afastarem as preocupações do mercado quanto a uma possível recessão na principal potência econômica global.
O índice Stoxx 600, que compila ações de 17 mercados da Europa, fechou em alta de 1,15%, a 509,91 pontos. Na bolsa de Frankfurt, o DAX subiu 1,66%, a 18.183,24 pontos; o índice londrino FTSE 100 avançou 0,80%, a 8.347,35 pontos; e o parisiense CAC 40 teve ganho de 1,23%, a 7.423,37 pontos.
O avanço de 1% das vendas no varejo americano entre junho e julho superou com folga a expectativa de alta de 0,3% e sinalizou que o consumo nos Estados Unidos segue robusto. Já os pedidos por seguro-desemprego no país cederam a 227 mil na semana passada, 8 mil a menos que o previsto, o que reduziu o temor por uma desaceleração mais brusca do mercado de trabalho americano após o “payroll” fraco de julho.
Antes dos dados, as bolsas europeias exibiam avanços modestos, e só saltaram a partir das 9h30, horário da divulgação dos indicadores.
“Embora o risco de uma recessão nos EUA tenha aumentado um pouco, há poucos sinais de que uma crise mais substancial esteja se formando. Dessa forma, mantemos nossas previsões otimistas para os mercados acionários e para os ativos ‘de risco’ de forma mais ampla”, diz Jonas Goltermann, vice-economista-chefe de mercados da Capital Economics.
Por outro lado, ele admite que, posto o cenário base atual de pouso suave da economia nos Estados Unidos, haveria muito espaço para as ações corrigirem caso uma recessão se materialize no futuro.
Com informações do Valor Econômico
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