Impactada pelo desastre no Sul, Rumo (RAIL3) reverte lucro e registra prejuízo de R$ 1,7 bi
Empresa credita dados negativos a eventos extraordinários e não recorrentes, sendo o principal deles a enchente no RS, que gerou danos à infraestrutura ferroviária da Malha Sul da Rumo
A Rumo (RAIL3), empresa de logística do grupo Cosan, teve um prejuízo de R$ 1,74 bilhão no segundo trimestre deste ano, revertendo o lucro de R$ 167 milhões registrado no mesmo período de 2023.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também ficou negativo em R$ 264 milhões, contra um resultado positivo de R$ 1,5 bilhão no mesmo período do ano passado.
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Os dados negativos da companhia foram influenciados por eventos extraordinários e não recorrentes. O principal deles foi o desastre no Rio Grande do Sul, que gerou danos à infraestrutura ferroviária da Malha Sul da Rumo.
Diante disso, a empresa realizou provisão para “impairment” (baixa contábil por perda de valor de ativos) de R$ 2,575 bilhões. A companhia afirmou que se trata de uma provisão contábil, sem efeito caixa.
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Segundo a empresa, “os principais corredores de transporte de commodities agrícolas no Estado [do Rio Grande do Sul] já retomaram a operação, porém o corredor do Tronco Sul, que conecta os três Estados da região, segue paralisado por período indeterminado”.
Outro evento extraordinário do trimestre foi o recebimento pela Rumo de R$ 169 milhões devido à conclusão da transferência de 80% da Elevações Portuárias, que opera os terminais T16 e T19 no Porto de Santos, para a CLI, que comprou o controle dos ativos em 2022.
Excluindo esses efeitos, a Rumo registra lucro líquido ajustado de R$ 721 milhões no trimestre, e um Ebitda ajustado de R$ 2,1 bilhões.
No segundo trimestre, a companhia teve receita de R$ 3,6 bilhões, um aumento de 29,4% na comparação anual.
O volume transportado pela empresa teve um aumento de 2,5% no trimestre e chegou a um total de 20,9 bilhões de TKU (tonelada por km útil).
Na Malha Sul, o volume transportado no trimestre caiu 4,8%, para 3,2 bilhões de TKU. Na Operação Norte, a principal da empresa, os volumes cresceram 3,5%, para 16,6 bilhões de TKU.
Com informações do Valor Econômico