Índices futuros de ações de Nova York caem após inflação mais forte do que o esperado
Preços ao consumidor subiram 9,1% em junho em base anual, contra projeções de aumento de 8,8%
Os índices futuros de Wall Street operam no vermelho na manhã desta quarta-feira após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, referente ao mês de junho. Antes da divulgação, as referências apontavam para um movimento de alta, mas logo reverteram após a apresentação dos números. Já o dólar no exterior teve movimento oposto, saindo de território negativo para positivo.
Às 9h55, o contrato futuro do índice Dow Jones operava em queda de 1,36%, enquanto o do S&P 500 caia 1,84% e o Nasdaq recuava 1,72 %. No fim da sessão de ontem, o índice Dow Jones perdeu 0,62%, fechando a 30.981,33 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,92%, a 3.818,80 pontos e o Nasdaq caiu 0,95%, a 11.264,73 pontos.
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O CPI de junho dos Estados Unidos mostrou um avanço de 9,1% na sua base anual, a expectativa de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” era de um aumento de 8,8%. Na base de junho ante maio, o indicador cresceu 1,3%, enquanto o esperado era de 1,1% pelos analistas.
Com uma inflação mais forte, cresce a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) mantenha o tom mais agressivo para controlar a elevação de preços. Se antes da divulgação do CPI, os dados do CME Group mostravam que a probabilidade de uma elevação dos juros americanos em 1 ponto percentual na reunião de julho era de 14,2%, após os dados subiram para 33,2%.
“No geral, esta foi outra divulgação mais forte do que o esperado, semelhante aos dados de maio, e os investidores estarão aguardando ansiosamente qualquer sinal de que o Fed tentará acelerar o ritmo das altas novamente”, analisa Ian Lyngen, estrategista de renda fica do canadense BMO Capital Markets.
“Não é surpreendente ver o contrato de Fed Funds de agosto agora precificando mais de 0,75 ponto percentual e esperamos que as conversas sobre um aumento de 1 ponto percentual aumentem”, acrescentou Lyngen, em nota.
Diante de um aperto mais rigoroso, com juros mais elevados, o rendimento da T-note de dez anos saiu de 2,957%, antes da apresentação dos números do CPI, para 3,055%.
O índice DXY, que mede o peso do dólar antes seis moedas de mercados desenvolvidos, saiu de uma queda de 0,19% e foi para um avanço de 0,20%, a 108,290 pontos.
