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Itaú deve apresentar lucro robusto no 1º tri impulsionado pela qualidade de sua carteira de crédito
O Itaú Unibanco deve divulgar novamente fortes resultados em seu balanço do primeiro trimestre de 2023, com um lucro líquido ampliado, inadimplência sob controle e a melhor rentabilidade entre seus concorrentes.
Sendo este o primeiro período de três meses sob o governo Lula, algumas pequenas tensões foram criadas junto ao sistema bancário, como a tentativa de impor um teto nos juros sobre o crédito consignado e as constantes farpas lançadas ao Banco Central, que mantém a taxa básica de juros no elevado patamar de 13,75%.
Mesmo diante das dificuldades macro e tensões políticas deste período conturbado, o consenso do mercado é que o banco tenha aproximadamente R$ 8,300 bilhões de lucro líquido recorrente, 21% de ROE e uma inadimplência acima de 90 dias de 3,05%, a menor do setor.
Na comparação com o trimestre anterior (4T22), o lucro líquido deve avançar 8%, impactado pelas provisões com calote das Americanas (AMER3) lançados no trimestre passado, caso contrário o resultado de agora seria ligeiramente inferior, dada a sazonalidade típica de começo ano.
“Enxergamos o Itaú melhor posicionado não só pelo posicionamento de hedge e mix de carteira, mas pelos avanços na digitalização do banco que têm trazido benefícios de eficiência importantes e que devem continuar no médio de longo prazo”, afirmou o relatório.
Para os investidores indiferentes a liquidez, a corretora indica as ações ordinárias do banco, que negociam com um desconto de 15,4% em relação à preferencial, proporcionando um dividend yield maior já que receberem o mesmo dividendo por ação.
O banco suíço UBS apontou em relatório que o balancete de fevereiro mostrou uma expansão morna de 0,1% ante o 4º tri de 2022, no entanto 10,3% acima do mesmo mês do ano passado, impulsionado pela melhora na qualidade dos empréstimos, implicando em uma menor deterioração da qualidade dos ativos para o 1º tri de 2023.
A XP Investimentos espera que o Itaú apresente outro forte período de crescimento em sua carteira de crédito impulsionado pelas linhas de crédito relacionadas ao consumo, mesmo com os juros restringindo cada vez mais a tomada de empréstimos.
“Projetamos um aumento marginal na inadimplência, atingindo um nível ainda saudável de 3,6% e um índice de cobertura estável (219%). O NII (receita com juros) deve continuar sendo impulsionado pelo aumento da carteira de crédito, crescendo 19,5% em relação ao ano anterior e 3,0% ante o 4º tri”, completou a XP.
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