Itaú (ITUB4) tem lucro de R$ 41 bilhões em 2024 e vê margem forte este ano

Em bom momento, banco divulga R$ 18 bilhões em retorno aos acionistas, entre dividendos e recompra de ações

O Itaú Unibanco (ITUB4) registrou mais um trimestre de lucro recorde no fim de 2024, encerrando um ano de resultados bastante fortes e rentabilidade elevada. Como era esperado, a instituição divulgou um retorno aos acionistas de R$ 18 bilhões, com dividendo extraordinário e recompra de ações.

Além disso, surpreendeu ao anunciar um aumento de capital de R$ 33,3 bilhões que, combinado com um “guidance” (projeção de desempenho) relativamente otimista para 2025 — considerando os desafios no cenário macroeconômico —, indica apetite para crescer ainda mais.

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Lucro do Itaú

O maior banco privado da América Latina teve lucro recorrente de R$ 10,884 bilhões no quarto trimestre de 2024, com alta de 2,0% na comparação com o trimestre imediatamente anterior e de 15,8% em relação ao quarto trimestre de 2023.

O resultado ficou acima das previsões dos analistas consultados pelo Valor, de R$ 10,831 bilhões. O lucro fechou 2024 em R$ 41,403 bilhões, um aumento de 16,2% ante o resultado de 2023.

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Para o vice-presidente financeiro, Gabriel Moura, o desempenho de 2024 “é resultado direto de uma gestão muito cuidadosa, consistente e precisa entre risco e retorno”.

Margens em alta

A margem gerencial financeira alcançou R$ 29,388 bilhões nos últimos três meses de 2024, com alta de 3,1% na comparação trimestral e de 8,3% na comparação anual. A margem com clientes subiu 3,7% e 8,3%, para R$ 28,484 bilhões.

Segundo o banco, o aumento é explicado principalmente pelo crescimento da carteira de crédito e da margem de passivos no período.

Já a margem com mercado recuou 14,5% no trimestre e subiu 7,6% em um ano, a R$ 904 milhões. A queda trimestral, diz o Itaú, se deu em função do menor resultado da mesa de trading, além do impacto negativo dos juros na estratégia de hedge do índice de capital.

Carteira de crédito

A carteira de crédito expandida somou R$ 1,359 trilhão em dezembro, com alta de 6,3% no trimestre e aumento de 15,5% em 12 meses.

No segmento de pessoas físicas, houve alta de 3,7% no trimestre e de 6,9% em 12 meses, ao atingir R$ 444,0 bilhões. Em pessoa jurídica, avançou 8,5% e 16,4%, a R$ 353,5 bilhões. E na América Latina subiu 8,0% e 19,4%, a R$ 224,6 bilhões.

O custo de crédito atingiu R$ 8,643 bilhões, com aumento de 4,8% no trimestre e queda de 5,5% em 12 meses.

Em relação à inadimplência, o banco registrou 2,4% no quarto trimestre, ante 2,6% no terceiro e 2,8% em igual período de 2023. Em pessoa física no Brasil, o indicador foi de 3,8%, ante 4,0% e 4,4%

Em PMEs, ficou em 2,0%, de 2,5% e 2,6%. E em grandes empresas, em 0,02%, de zero e 0,1%.

As despesas administrativas somaram R$ 16,707 bilhões, com alta de 4,8% no trimestre e de 8,9% em 12 meses. Já as receitas de tarifas e seguros ficaram em R$ 14,710 bilhões no último trimestre de 2024, com alta de 3,7% na comparação trimestral e de 6,2% contra o mesmo período de um ano antes.

O retorno sobre o patrimônio (ROE) alcançou 22,1% no quarto trimestre, de 22,7% registrados no terceiro trimestre e 21,2% no quarto trimestre de 2023.

Guidance para 2025

No guidance para 2025, o Itaú projetou que a carteira de crédito total terá uma expansão entre 4,5% e 8,5% este ano.

A margem financeira com clientes deve crescer de 7,5% a 11,5%. A projeção é de que a margem financeira com o mercado fique entre R$ 1 bilhão e R$ 3 bilhões. Para o custo de crédito, o banco projetou algo entre R$ 34,5 bilhões e R$ 38 bilhões.

No caso da receita de prestação de serviços e resultado de seguros, o Itaú espera expansão entre 4% e 7%. As despesas não decorrentes de juros devem aumentar entre 5,5% e 8,5%.

Com informações do Valor Econômico

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