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Jamie Dimon, CEO do JPMorgan (JPM; JPMC34), vai vender suas ações do banco pela primeira vez em 20 anos
Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase (JPM; JPMC34), talvez um dos executivos de banco mais famosos do mundo, anunciou nesta sexta-feira (27) que irá vender um milhão de ações do banco que ele dirige.
O anúncio foi reportado ao mercado via comunicado oficial, cumprindo exigências da comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês). E foi recebido pelos investidores com desconfiança de que poderia ser um sinal de que o executivo, de 67 anos, pretende se aposentar.
Dimon detêm 8,6 milhões de ações do banco. E, segundo o JP Morgan, a venda tem por objetivo “diversificação financeira e planejamento tributário”. “O senhor Dimon continua acreditando que as perspectivas da empresa são muito fortes e que sua participação na empresa permanecerá muito significativa”, afirma o documento.
Dirige o JPMorgan desde 2005
Recentemente, Dimon, que dirige o banco desde 2005, disse ao jornal Wall Street Journal que ainda lhe restam alguns anos antes da aposentadoria.
Segundo o documento, o plano de venda de ações de Dimon teria início em 2024 e estaria sujeito a um plano de negociação pré-determinado. De acordo com a cotação do banco nesta sexta-feira (27), a venda total renderia US$ 140 milhões para o executivo. Sua participação total na empresa, segundo cálculos do Wall Street Journal, seria de US$ 1,2 bilhão.
Dimon para presidente
Nos Estados Unidos, e principalmente no mercado financeiro americano (lê-se Wall Street), Dimon é uma sumidade. Em grande parte devido a sua atuação na gestão do JPMorgan há quase duas décadas.
Desde que Dimon assumiu o cargo de CEO, as ações do banco renderam 470%, incluindo dividendos, superando significativamente o índice S&P500, a principal cesta de ações do mundo.
Em maio último, outra lenda de Wall Street, Bill Ackman, fundador e CEO da gestora Pershing Square, com cerca de US$ 20 bilhões sob gestão, defendeu no X (ex-Twitter) a candidatura de Dimon para a presidência dos Estados Unidos.
“Jamie é adorado pelos mais de 240 mil funcionários do banco, altamente respeitado pelos nossos militares e pelos políticos e lideres de negócios internacionais mais relevantes”, escreveu um dos principais tubarões de Nova York.
Dimon já foi sondado para entrar na política outras vezes, mas sempre se esquivou.
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