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JBS (JBSS3) está com ‘valuation atrativo’ diz BofA ao recomendar compra
Empresas citadas na reportagem:
O Bank of America (BofA) elevou a recomendação do papel da JBS (JBSS3) de “neutro” para “compra”. Em relatório, analistas do banco explicam que a mudança de avaliação se justifica pelo “valuation atrativo” da JBS, assim como pela melhora de resultados financeiros por meio da diversificação.
O banco norte-americano também revisou o preço-alvo da ação para cima, saindo de R$ 26 para R$ 33. A previsão de lucro operacional ajustado (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) da JBS subiu em 10%.
Após rali dos frigoríficos, BofA escolhe JBS (JBSS3)
O banco explica em relatório que as ações dos frigoríficos estão em alta no Ibovespa e, no momento, ensaiam um rali. Os papéis se recuperam do mês de janeiro negativo para o índice.
Desde a última sexta-feira, as ações da BRF (BRFS3) subiram 14%, surfando o bom-humor do mercado com os resultados do quarto trimestre de 2023. Em seguida, a Marfrig (MRFG3), controladora da BRF, saltou 12,5%. Já a JBS avançou 6%. Toda a valorização desses papéis, nota o BofA, foi em meio a um Ibovespa que “andou de lado” no mesmo período.
Apesar de estar em último entre os frigoríficos, a JBS animou investidores com o bom resultado de sua divisão de aves nos Estados Unidos, a Pilgrim’s Pride (PPC).
Após os resultados de BRF e Pilgrim’s Pride, o Bank of America revisou o preço-alvo de todas as ações dos três maiores frigoríficos. “Estamos elevando a recomendação de JBS de neutro para compra, dada uma relação de risco e retorno mais favorável”, relata o BofA.
Mesmo com um cenário mais “desafiador” para o setor de proteína bovina nos Estados Unidos, o banco reconhece “o momento de receita” de outras divisões da JBS (JBSS3). O valuation da companhia, de acordo com os analistas Isabella Simonato e Fernando Olvera, está atrativo diante de uma margem de fluxo de caixa livre de 14% por ação.
“Também revisamos o EBITDA para 2024 por 10%, para R$ 24.2 bilhões de reais frente o consenso de R$ 23 bi”, dizem Simonato e Olvera. Isso porque o BofA está mais otimista com margens para a divisão brasileira da JBS.
Mesmo com a eminente listagem na bolsa de Nova York, o BofA acredita que a estratégia “não entrou no preço” da JBS (JBSS3). Isso pode gerar “futuras oportunidades de crescimento inorgânico”.
BofA prefere ‘se expor à BRF (BRFS3) via Marfrig (MRFG3)’
Ao mesmo tempo em que aumentou a recomendação para as ações da JBS (JBSS3), o BofA espera “retorno limitado” para as ações da BRF (BRFS3) após o rali dos frigoríficos. O papel negocia com uma margem de fluxo de caixa livre de 4% para o ativo.
“Estamos aumentando a nossa estimativa de Ebitda (da BRF) para 2024 em 18%, considerando a baixa nos custo das rações e aumento no preço de aves no mercado internacional”, dizem analistas.
Pelo momento, o Bank of Americana ainda prefere ter exposição à BRF pela Marfrig. “Reiteramos nossa recomendação de compra para a Marfrig, elevando o preço-alvo de R$ 13 para R$ 15,5”, afirma o BofA ao notar que a mudança representa uma valorização potencial de 64%.
A alteração do preço-alvo reflete a alta nas estimativas de lucro operacional da BRF. “Continuamos a enxergar a Marfrig com a tese de desalavancagem a partir da venda de ativos para a Minerva.”
A ação está sendo negociada com 38% de desconto considerando as vertentes de negócio do frigorífico, conclui o BofA.
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