Livraria Cultura recorre na Justiça e pede suspensão do processo de falência

No recurso, a Cultura admite que chegou a atrasar alguns pagamentos previstos no plano de recuperação antes, mas que está em dia com seus compromissos

Loja da Livraria Cultura — Foto: Divulgação
Loja da Livraria Cultura — Foto: Divulgação

A Livraria Cultura protocolou um recurso, na noite desta quarta-feira (14), pedindo a suspensão da falência da empresa, que foi determinada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

A falência da Cultura foi decretada pelo juiz Ralpho Waldo De Barros Monteiro Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, na semana passada.

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Na sentença, o magistrado afirma que, apesar de reconhecer a importância da Livraria Cultura, o grupo não conseguiu superar sua crise econômica. Segundo o juiz, o plano de recuperação judicial vinha sendo descumprido e a prestação de informações no processo vinha sendo feita de modo incompleto.

No recurso, a Cultura admite que chegou a atrasar alguns pagamentos previstos no plano de recuperação antes, por causa da pandemia e da situação econômica do país -mas argumenta que hoje está em dia com os compromissos.

A exceção seria a dívida com o Banco do Brasil, que, segundo a empresa, está sendo negociada diretamente com a instituição financeira. A defesa da livraria sustenta também que o banco não pediu que a falência da Cultura fosse decretada.

Segundo a defesa da companhia, a Cultura pagou mais de R$ 12 milhões a quase 3 mil credores nos últimos quatro anos.

A empresa também diz ainda que é economicamente viável e que ir em frente com a recuperação judicial é mais benéfico para os credores do que a falência da companhia.

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