Com mudanças tributárias, lucro da RD Saúde cai 3,4% e vai a R$ 326,6 mi no 2º tri

Ex-Raia Drogasil justifica queda no lucro em relação ao mesmo intervalo de 2023 com mudanças na tributação no IR e na CSLL, além de menor provisão de JCP e o impacto de ajustes não-recorrentes

Farmácia da rede Raia Drogasil (RADL3). Foto: Divulgação
Farmácia da rede Raia Drogasil (RADL3). Foto: Divulgação

A RD Saúde (ex-Raia Drogasil) registrou lucro atribuído aos controladores de R$ 326,6 milhões no segundo trimestre, queda de 3,4% em relação ao mesmo intervalo de 2023. O lucro líquido ajustado foi de R$ 356,6 milhões, alta de 2,1% ante o segundo trimestre do ano passado.

A RD Saúde afirma que o resultado reflete fatores como o início da tributação das subvenções para investimentos na apuração do Imposto de Renda e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, além da menor provisão de juros sobre capital próprio. Houve ainda impacto de ajustes não-recorrentes, segundo a companhia.

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Já a receita avançou 14,7% no comparativo anual, para R$ 9,69 bilhões. A RD Saúde terminou o trimestre com portfólio de 3.076 farmácias em todo o país, considerando 70 aberturas e 4 fechamentos. O número de clientes ativos somou 48,8 milhões, alta de 2,7% no comparativo ao segundo trimestre de 2023.

A RD Saúde atingiu participação de mercado nacional de 15,7%, ganho de 0,5 ponto percentual. As regiões com maior ganho de participação no comparativo anual foram Norte, Sul e Sudeste, com 0,7 ponto percentual cada. A participação de mercado em São Paulo, onde a RD Saúde nasceu, avançou 0,8 ponto percentual, para 27,8%.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) entre abril e junho somou R$ 812 milhões, crescimento de 2,95% em relação ao mesmo período do ano passado.

No critério ajustado, considerando efeitos tributários e outros não recorrentes de anos anteriores, baixa de ativos e investimento social, o Ebitda foi de R$ 824,4 milhões, avanço de 7,4%.

A margem Ebitda ajustada ficou em 7,9%, perda de 0,6 ponto percentual. De acordo com a RD Saúde, a perda na margem Ebitda ajustada ocorreu em razão do início da cobrança de PIS e Cofins sobre as subvenções para investimentos.

O fluxo de caixa livre da companhia ficou negativo em R$ 303,4 milhões no último trimestre, ante um resultado negativo de R$ 486,2 milhões no segundo trimestre do ano passado.

Ao final de junho, a dívida líquida da RD Saúde era de R$ 3,53 bilhões, crescimento de 21,4%. O nível de alavancagem, medido pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda, ficou em 1,3 vez, avanço de 0,1 ponto percentual ante o mesmo período de 2023.

Com informações do Valor Econômico

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