Lucro por ação do Magazine Luiza pode cair 75% em 2025, diz JPMorgan; MGLU3 cai no Ibovespa
Segundo o banco americano JPMorgan, o alto endividamento do Magalu, associado aos juros elevados, indica maior risco para lucro da empresa no curto prazo; ações caem

O banco americano JPMorgan rebaixou a recomendação das ações do Magazine Luiza (MGLU3) de neutro para venda nesta quarta-feira (5). Segundo o banco, o alto endividamento do Magalu associado à alta da taxa de juros no Brasil indica maior risco para o lucro da empresa no curto prazo. Além disso, a receita da varejista deve sofrer com a diminuição na demanda por bens de consumo discricionários (eletrônicos, por exemplo), diz o Morgan.
De acordo com o time de analistas de varejo do JPMorgan, o lucro por ação do Magazine Luiza (MGLU3) pode cair 75% em 2025. A estimativa de queda no rendimento por papel se estende para 2026, com possível queda de 55%, diz o banco.
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Por que Magazine Luiza (MGLU3) virou venda para o JPMorgan?
O JPMorgan rebaixou as ações do Magalu para venda após ter reiterado a recomendação neutra quando avaliou a companhia em dezembro.
Assim, o preço-alvo do banco americano para Magazine Luiza (MGLU3) sofreu um corte de R$ 11,50 para R$ 7,50 dentro de 12 meses.
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A competição no ecossistema de varejo digital deve continuar dura no Brasil, com concorrentes “de e-commerce puro superando o ritmo de crescimento do Magazine Luiza”, segundo o banco. Com isso, o potencial de alta das ações da varejista torna-se limitado aos olhos dos analistas.
A demanda por bens de consumo discricionários de ticket médio alto também deve sofrer impacto ao longo do ano, avalia o Morgan, com a subida eminente da taxa de juros.
Assim, como a alta dos juros deve inibir o consumo e prejudicar as receitas, a elevação da taxa Selic deve levar à alta do endividamento da companhia liderada por Frederico Trajano.
O JPMorgan prevê que a dívida líquida do Magazine Luiza (MGLU3) deve atingir R$ 14 bilhões em 2025. Isso levaria o endividamento da empresa a subir o equivalente a quase 6 vezes o lucro operacional no ano.
O Magalu, assim, se junta ao Pão de Açúcar (PCAR3) na lista de papéis do varejo brasileiro listados na bolsa revisados pelo JPMorgan em 2025. O banco cita um risco de abertura de ordens de venda no mercado futuro, podendo machucar ainda as ações do Magalu.
Atualmente, 17,1% do fluxo de ações do Magalu, equivalente a 64,4 bilhões de papéis, na bolsa está alugado em operações de venda.