Méliuz quer pegar carona no bitcoin para valorizar ações e fortalecer base de investidores

Companhia de programas de cashback anunciou estratégia para ter 10% do caixa aplicado na criptomoeda

A Méliuz (CASH3) anunciou nesta terça-feira a compra de US$ 4,1 milhões em bitcoin em nova estratégia de tesouraria. O objetivo é ter até 10% do caixa da companhia aplicado na criptomoeda.

Então, a adoção do bitcoin como principal ativo estratégico de tesouraria mira naturalmente a expectativa de valorização da cripto. Dessa forma, a companhia busca fortalecer a base de investidores na bolsa.

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Bem como impulsionar as ações CASH3.

“Apesar da performance positiva da operação nos últimos trimestres, devido a alta dos juros no Brasil e a forte queda nas bolsas, especialmente nas small-caps, enfrentamos hoje um cenário desafiador como companhia pública. Como consequência, atraímos menos atenção dos investidores, nossos calls de resultados se tornaram menos participativos e alguns grandes bancos encerraram a cobertura da ação. Isso ocorre mesmo com os avanços no core business, onde seguimos otimizando margens e
impulsionando o crescimento da companhia.”

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“Com a aplicação de recursos e investimentos em bitcoin, a Méliuz permitirá que investidores institucionais, que não querem se expor diretamente ao bitcoin, ou até mesmo que têm restrições regulatórias para tanto, possam realizar seus investimentos em uma companhia que se valoriza tanto por suas atividades enquanto empresa de tecnologia, como pelo retorno do investimento no bitcoin.”

Méliuz repete MicroStrategy, de Michael Saylor

Israel Salmen, fundador e presidente do conselho de administração da Méliuz, cita em carta aos acionistas a inspiração na MicroStrategy, de Michael Saylor, que desde 2020 coloca o bitcoin no balanço.

“Acreditamos que essa estratégia não apenas protegerá e fortalecerá a posição financeira do Méliuz. Mas também tem o potencial de nos posicionar como pioneiros em uma transformação financeira que já está em curso globalmente”, afirma o chairman.

Diferente de traders que buscam lucrar com a volatilidade do mercado, Israel Salmen diz que a abordagem da Méliuz será focada no acúmulo estratégico e de longo prazo.

Nesse sentido, consolidando o bitcoin como um ativo fundamental de tesouraria.

“Acreditamos que o bitcoin é a melhor forma de reserva de valor atual e com potencial de ser o novo padrão monetário do mundo. Tornando essa estratégia uma realidade, acreditamos que a Méliuz pode se tornar um líder confiável na transformação do cenário financeiro brasileiro, ajudando a desbloquear todo o potencial do país dentro do ecossistema global de bitcoin”, acrescenta.

Os planos da Méliuz para comprar mais bitcoin

Para atingir 10% do caixa aplicado em bitcoin, a Méliuz pretende adotar uma métrica específica. Ela deve ser baseada no bitcoin yield, da MicroStrategy, para garantir um crescimento consistente no acúmulo da cripto por ação.

“Novas aquisições de bitcoin só serão realizadas após as devidas alterações em seus documentos societários, políticas e procedimentos internos, incluindo estruturas e política de gerenciamento de riscos para fins de ampliação de limites para tal investimento em bitcoin”, indica Israel Salmen.

“Além disso, o bitcoin yield precisará ser positivo, garantindo que cada nova compra aumente o valor médio de bitcoin por ações em circulação. Em resumo, adotaremos um monitoramento contínuo dessa métrica, assegurando que a quantidade de bitcoin adquirida por ação seja sempre superior à média atual, garantindo assim um bitcoin yield positivo e sustentável”, detalha o chairman.

CASH3 na bolsa

IPO em novembro de 2020
Caixa líquido de mais de R$ 240 milhões
Base de usuários: 35 milhões (até 3T2024)
Preço da ação: R$ 3,30
Desempenho em 2025: +20%
Variação em 12 meses: -3,5%

Valores antes da abertura do pregão

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