Mercado hoje: Ibovespa fecha em alta impulsionado por Vale e siderúrgicas; dólar fecha a R$5,26
Investidores aguardam também a decisão de amanhã do Comitê de Política Monetária (Copom) e monitoram as apostas para o Fed
O Ibovespa, seguindo a receita dos últimos pregões, sofreu pressões divergentes no pregão de hoje, mas encerrou o dia com ganhos. A PEC da Transição, que pressionou os ativos brasileiros na sessão anterior, continua no foco do mercado, enquanto a tese de reabertura da China permaneceu dando fôlego às empresas ligadas às commodities metálicas.
A expectativa por juros maiores nos EUA limitou os ganhos do principal índice de ações da Bolsa. Nos últimos negócios, o avanço da PEC da Transição com R$ 145 bilhões e por dois anos na CCJ do Senado deu fôlego extra à ponta compradora.
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Após ajustes, o referencial local registrou alta de 0,72%, aos 110.189 pontos, enquanto o índice futuro subia 1,09%. Na mínima intradiária, o índice à vista tocou os 109.217 pontos, e, na máxima, os 110.663 pontos.
Em Nova York, o S&P 500 recuou 1,44%, aos 3.941 pontos, Dow Jones ficou apresentou recuo de 1,03%, aos 33.596 pontos e Nasdaq oscilou negativamente em 2%, aos 11.014 pontos.
Dólar fecha em leve queda, a R$ 5,26
O dólar fechou em leve queda nesta terça-feira, devolvendo parte da forte elevação vista na véspera. No exterior, a moeda americana se valorizou contra divisas fortes e ante alguns pares do real.
No pregão, a atenção dos investidores se voltou para o cenário interno, com a votação da “PEC de Transição” no Senado. O relatório da proposta estabeleceu que o teto de gastos será elevado em R$ 175 bilhões por dois anos, e não quatro. Há expectativa de que o texto seja desidratado até o final das discussões.
O dólar caiu 0,25%, negociado a R$ 5,2687 após atingir a mínima de R$ 5,2210.
Taxas de juros futuros têm altas
As taxas de juros futuros ajustaram-se em alta nesta terça-feira. O movimento ocorreu em meio às discussões sobre a “PEC de Transição”.
O relatório da proposta manteve o valor gasto fora da regra do teto em R$ 198 bilhões. Entre as alterações estão o fato de que o teto foi elevado em R$ 175 bilhões por dois anos, e não quatro. Há expectativa que o texto seja desidratado até o fim das discussões.
No fim do pregão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 passou de 13,985% no ajuste anterior para 14,025% e a do DI para janeiro de 2025 subiu de 13,09% para 13,20%.
Já a do DI para janeiro de 2026 avançou de 12,80% para 12,94% e a do DI para janeiro de 2027 teve alta para 12,84% ante os 12,725% da leitura anterior.
Decisão sobre a Selic
Ainda no cenário interno, investidores acompanham hoje o primeiro dia da reunião do Copom, que toma sua decisão sobre a taxa Selic na quarta (7). A ampla maioria das casas ouvidas pelo Valor projeta manutenção dos juros em 13,75% ao ano.
Exterior
No exterior, o foco é no Federal Reserve. Indicadores publicados nos últimos dias mostram que a atividade econômica no país continua firme, mesmo durante o aperto monetário.
Conforme dados do CME Group com base nos futuros dos Fed Funds, o mercado ainda projeta alta de meio ponto porcentual na semana que vem, o que configuraria desaceleração do ritmo de aperto.
No entanto, a possibilidade de a alta dos juros durar mais do que se esperava incialmente pressionou as bolsas americanas e a brasileira ontem.
Commodities
Entre as commodities, o minério de ferro fechou em queda de 0,6% na bolsa de Dalian, aos 780 yuans (cerca de US$ 111,60) a tonelada. Já o petróleo Brent para fevereiro recuava 1,28%, aos US$ 81,62%, em Londres, reagindo à possibilidade de aperto monetário mais prolongado pelo Fed.