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A entrada de montadoras chinesas no Brasil e a abertura do mercado de logística de veículos seminovos beneficiam a Tegma. O Itaú BBA recomenda a compra das ações TGMA3, elevando o preço-alvo de R$ 33 para R$ 42. A Tegma, exposta à BYD, maior montadora chinesa no Brasil, já representa 3,5% do mercado. A empresa também explora o mercado de veículos usados, atendendo cerca de 60 mil veículos ao ano. A prioridade é distribuir pelo menos 50% do lucro em dividendos em 2025, mantendo-se atenta a fusões e aquisições no segmento de logística integrada.
A entrada das montadoras chinesas no Brasil e a abertura para o mercado de logística de veículos seminovos devem beneficiar uma empresa da bolsa de valores. É a Tegma, conforme destaca o Itaú BBA em relatório após evento com executivos.
“A companhia é desalavancada e geradora de caixa, e pode agora também apresentar um crescimento mais acelerado em relação ao histórico”, diz o BBA.
Tegma e BYD
Para o Itaú BBA, a Tegma cresce junto com a maior presença de montadoras chinesas no Brasil.
“Entre 2022 e 2024 (considerando o período até setembro), essas montadoras ganharam 5% de market share (participação de mercado). A Tegma está exposta à maior dessas marcas, a BYD, que já representa 3,5% do mercado.”
“Além de fornecer os serviços tradicionais de logística a esse cliente, também disponibiliza serviços de armazenamento adicionais à montadora chinesa. No evento, foi comentado pelos executivos que já existem conversas com duas outras montadoras chinesas.”
Seminovo como nova via de crescimento
Historicamente, anota o Itaú BBA, a Tegma tem mantido posição consolidada em 25% de market share, com limitações de crescimento. No entanto, a companhia tem explorado um novo mercado recentemente.
“Cerca de 9 milhões de veículos usados são vendidos ao ano, representando quase três vezes o mercado endereçável de carros novos, entre 2-3 milhões de automóveis anualmente.”
“Com isso, a Tegma já iniciou essa expansão e atende cerca de 60 mil veículos ao ano, através do segmento Fastline.”
Prioridade no pagamento de dividendos
Ao mesmo tempo, o Itaú BBA vê positivamente o posicionamento exposto pelos executivos da Tegma no encontro com investidores. Eles ressaltaram a prioridade de distribuição de, pelo menos, 50% do lucro em dividendos em 2025.
Isso independentemente do surgimento de novas oportunidades de crescimento.
“Ainda assim, continuam atentos às possibilidades de fusões e aquisições no segmento de logística integrada.”
Então, o banco de investimentos considera que as ações da Tegma apresentam, no momento, “valuation positivo”. Ou seja, com ganho potencial e alto rendimento via dividendos.
“Atualizamos o modelo com os resultados do último trimestre e, mesmo usando premissas conservadoras, vemos o preço-alvo do papel em R$ 42 ao final de 2025. Com potencial rendimento de dividendos alcançando 12%.”