Morning call: mercado termina a semana olhando para Europa e Estados Unidos

A semana termina com a agenda econômica apontando para o exterior. Assim, o mercado olha para a divulgação do PIB do quarto trimestre na zona do euro e para as vendas no varejo de janeiro nos Estados Unidos. E finalmente para a produção industrial norte-americana, conforme indica o morning call.

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro subiu 0,1% no quarto trimestre de 2024 na comparação com o trimestre anterior, segundo dados preliminares divulgados pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. Economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” previam estabilidade.

Em base anual, o PIB da zona do euro avançou 0,9% no quarto trimestre, em linha com a projeção de consenso e a mesma alta reportada no trimestre anterior.

Ainda no exterior, o Departamento do Comércio dos EUA comunica, às 10h30 (de Brasília), o dado de vendas no varejo de janeiro. A leitura anterior foi de alta de 0,4% na comparação mensal e de aumento de 3,9% na base anual. Estimativas de baixa de 0,1% na comparação mensal e de aumento de 3,7% na anual.

Etanol brasileiro entra na mira de Trump

Assim, uma semana bastante movimentada pela divulgação do índice oficial de inflação termina relativamente tranquila. Isso se uma notícia inesperada não influenciar a sessão desta sexta-feira (14).

Após muita agitação na semana, a quinta-feira foi relativamente tranquila. A não ser pelo fato de que o presidente Donald Trump tenha colocado em sua alça de mira o etanol brasileiro. Mas é preciso esperar mais detalhes sobre a chamada tarifa de reciprocidade.

O Ibovespa teve um resultado bastante ruim na véspera. Houve queda expressiva de 1,69%. Com isso, o índice voltou ao patamar de 124 mil pontos. O resultado frustrou o mercado, que flertava com a possibilidade da bolsa de valores engatar um rali.

Morning call: como foi o fechamento da bolsa de valores

Então, depois de passar a maior parte do dia oscilando perto da estabilidade, o Ibovespa ampliou a alta no fim do pregão, com a virada mais positiva das ações da Vale e da Petrobras.

Dessa forma, o índice encerrou o pregão com avanço de 0,38%, aos 124.850 pontos, bem perto da máxima do dia, de 124.853 pontos. A melhora foi definida como um movimento técnico por operadores após o tombo de 1,7% registrado ontem.

Na mínima intradiária, ele chegou a bater os 123.778 pontos.

Movimento positivo mesmo com tarifa de Trump

O movimento positivo ocorreu mesmo após a confirmação de que os Estados Unidos irão impor tarifas de reciprocidade.

Segundo o presidente americano, Donald Trump, os cálculos das alíquotas serão definidos caso a caso. Operadores apontam que o anúncio foi interpretado como uma medida “menos drástica” do que anunciar um aumento de tarifas de imediato, o que ajudou a ampliar os ganhos do índice no fim do pregão.

As ações da Petrobras encerraram a sessão em alta: as PN subiram 0,11%, enquanto as ON tiveram avanço de 0,28%.

Ao longo de parte do dia, os papéis apresentaram direções opostas, com as ordinárias subindo e as preferenciais recuando, o que pode indicar que houve compra por parte de estrangeiros.

Já as ações da Vale avançaram 0,13% em um dia mais favorável para ações de mineradoras pares. A maior alta na sessão foi registrada pelas ações da Braskem, que subiram 5,38% em um movimento de correção após duas sessões de queda. Já as ações da Automob caíram pelo terceiro pregão seguido, no valor de 3,70%.

O volume financeiro do índice voltou a cair na sessão de hoje e chegou a R$ 13,9 bilhões. Já na B3, o giro financeiro bateu R$ 17,7 bilhões. Em NY, o dia foi mais positivo: o Nasdaq teve alta de 1,50%; o S&P 500 subiu 1,04%; e o Dow Jones obteve ganhos de 0,77%.

Com informações do Valor Econômico