Morning call: Mercado acompanha relatório de empregos nos EUA na volta do feriado

Ganha força nos mercados a percepção de que os juros americanos não devem subir mais; investidores no Brasil podem assistir recuperação dos ativos locais

Painel mostra desempenho das empresas na bolsa brasileira - Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Painel mostra desempenho das empresas na bolsa brasileira - Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Em Wall Street, os futuros de ações começaram a sexta-feira (3) caindo, com os papéis da Apple registrando baixa de mais de 3% nas negociações de pré-mercado. A queda vem após a divulgação dos resultados da véspera. Os executivos da Apple afirmaram que a receita do trimestre atual deve ser semelhante à do ano passado e relataram um declínio em seus negócios na China.

Na quinta-feira (2), os três principais índices de ações de Wall Street fecharam em forte alta, um dia após o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) manter a taxa de juros.

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Contudo, a expectativa do mercado hoje é o relatório de empregos Payroll, que sai às 9h30, para o mês de outubro. O mercado espera um declínio nas folhas de pagamento não-agrícolas, como um sinal de que a economia está reduzindo atividade. Os economistas estimam que os empregadores nos EUA tenham criado 170 mil empregos no mês de outubro e que a taxa de desemprego tenha se mentido estável em 3,8%.

E, com isso, os investidores esperam que o banco central dos Estados Unidos, o Fed, interrompa o aperto das condições financeiras. Ganha força nos mercados a percepção de que os juros americanos não devem subir mais. Caso a expectativa se confirme, haveria um espaço para uma recuperação dos ativos locais, apesar do alerta acionado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil em torno dos riscos externos e da piora na percepção de risco fiscal.

Últimas em Ações

Por aqui, no Brasil, a principal preocupação do mercado é a questão fiscal, que tem potencial de interromper prematuramente o atual ciclo de normalização monetária.

Na quarta-feira (1), a bolsa de valores brasileira viu uma melhora nos indicadores locais, com queda dos juros futuros, alta do Ibovespa e recuo do dólar a R$ 4,97.

Bolsas da Ásia fecham em alta

As bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada nesta sexta-feira (3), ainda sustentadas por esperanças de que os juros básicos dos EUA talvez não subam mais e após um ligeiro avanço em um indicador de atividade do setor de serviços chinês.

Liderando os ganhos na Ásia, o índice Hang Seng saltou 2,52% em Hong Kong, a 17.664,12 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,08% em Seul, a 2.368,34 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,68% em Taiwan, a 16.507,65 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,71%, a 3.030,80 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 1,17%, a 1.875,00 pontos. O bom desempenho foi liderado por ações de empresas de robótica, após diretrizes oficiais para o desenvolvimento da indústria de robôs humanoides gerarem expectativas de incentivos do governo chinês.

Em Tóquio, não houve negócios devido a um feriado no Japão.

Mercado ontem

Com o feriado de Finados, o mercado brasileiro permaneceu fechado.

Nos Estados Unidos, no entanto, a sessão de ontem foi marcada por um alívio relevante no mercado de Treasuries, os títulos públicos americanos, que se espalhou para os ativos de risco como um todo.

A taxa da T-note de dez anos caiu a 4,664%. Ao mesmo tempo, em Nova York, o índice Dow Jones subiu 1,70%; o S&P 500 avançou 1,89%; e o Nasdaq fechou em alta de 1,78%.

Num dia de mercados locais fechados, o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Wall Street, o EWZ, acompanhou o movimento global e ganhou 2,87%.

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