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Musk acha que divisão de robôs autônomos fará Tesla (TSLA34) atingir valor de mercado de US$ 30 trilhões
Se você achou que o preço-alvo de US$ 2.600 para as ações da Tesla (TSLA34) estabelecida por Cathie Wood era agressivo, espere até ouvir o que o diretor-presidente, Elon Musk, acredita que a Tesla valerá no futuro.
O número de Wood, uma meta para 2029 divulgada na quarta-feira, equivale a aproximadamente US$ 8 trilhões em valor de mercado, com cerca de US$ 1 trilhão para a empresa de automóveis, US$ 5 trilhões ou mais para a tecnologia de direção autônoma, e o restante distribuído entre os outros negócios da Tesla, incluindo armazenamento de energia.
Musk reiterou sua visão sobre direção autônoma na quinta-feira (14), durante a assembleia anual de acionistas da Tesla, acrescentando que o negócio de robôs humanoides poderia ser ainda maior. A Tesla está construindo um robô humanoide treinado com inteligência artificial, chamado Optimus, que poderá ser usado em fábricas para montar produtos 24 horas por dia, ou em residências para facilitar a vida das pessoas.
“Acho que, quando alcançarmos um volume em larga escala, a Tesla basicamente obteria cerca de US$ 1 trilhão de lucro por ano” com o Optimus, disse Musk. “Se o múltiplo preço-lucro for, digamos, 20 ou 25, algo assim, isso significaria um valor de mercado de US$ 20 trilhões a US$ 25 trilhões só com o Optimus.”
Endossando a avaliação de Wood, Musk acredita que a Tesla poderia valer US$ 30 trilhões, o que tornaria sua fortuna valer aproximadamente US$ 6 trilhões.
É um número extraordinariamente alto. O cofundador do Future Fund Active, Gary Black, fez alguns cálculos. Ele estimou a demanda global por robôs em cerca de 100 milhões de unidades por ano, a um custo de US$ 20 mil cada, entre um smartphone e um carro.
Uma margem de lucro operacional de 50% é necessária para atingir o trilhão de dólares de Musk. As margens de lucro operacional precisariam ser maiores se o bilionário estiver falando sobre margens de lucro líquido.
Isso é agressivo. A margem de lucro operacional da Apple em 2024 deve ser de 31%. A da Tesla deve ser de cerca de 8%.
Os investidores podem inserir quaisquer números que desejarem no modelo de avaliação do Optimus. Estimar tamanhos e valores de mercado será mais fácil quando houver um robô para vender.
Musk pode querer focar em um objetivo mais imediato – alcançar novamente um valor de mercado de US$ 1 trilhão. Sua empresa de veículos elétricos atingiu esse valor pela primeira vez no final de 2021, quando as ações alcançaram cerca de US$ 340. Existem mais ações em circulação agora, e voltar a US$ 1 trilhão exigiria um preço de aproximadamente US$ 313 por ação, segundo a FactSet.
Chegar lá provavelmente será uma história de lucros, e não uma história de múltiplos preço-lucro. As ações da Tesla agora são negociadas a cerca de 55 vezes os lucros estimados para 2025, abaixo de 100 vezes os lucros futuros no final de 2021 e 2022; os investidores provavelmente não estão apostando que o múltiplo retornará aos dígitos triplos.
Alcançar um valor de mercado de US$ 1 trilhão mantendo o múltiplo de 55 vezes significa que a Tesla precisará ganhar cerca de US$ 5,60 por ação em 2025. Em 2022, o consenso de Wall Street para os lucros por ação em 2025 era de quase $8. Agora, essa estimativa caiu para cerca de $3,30.
Aumentar as vendas e elevar as margens de lucro é tão importante quanto fabricar um robô para as ações da Tesla.
Há pouco, as ações da Tesla caíam 2,58%, enquanto os índices S&P 500 e o Nasdaq Composite caíram 0,24% e 0,09%, respectivamente.
As ações da Tesla subiram apenas alguns dólares desde que o pacote de pagamento foi aprovado pelos acionistas. Isso é um pouco surpreendente. O analista da Wedbush, Dan Ives, acredita que a votação pressionava os papéis da Tesla entre US$ 20 e US$ 25.
Os investidores podem estar preocupados que a nova votação não seja suficiente para que o tribunal de Delaware revogue sua anulação de janeiro. Esse medo parece extremamente exagerado.
A decisão de Delaware assumia que os acionistas da Tesla votariam contra o pacote se tivessem as informações apropriadas, diz Natela Shenon, parceira do escritório de advocacia Grant | Shenon, em Los Angeles.
“Agora que os acionistas votaram a favor pela segunda vez com todos os fatos expostos, todo o cerne do argumento se torna inválido”, acrescenta Shenon.
Com informações do Valor Econômico
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