Bolsas de Nova York fecham em queda em dia de recorde do dólar frente à libra e repercussão sobre possível recessão
Nasdaq chegou a puxar as altas na manhã desta segunda, mas trajetória voltou a ser descendente ao longo do pregão
As bolsas de Nova York ensaiaram uma recuperação na manhã desta segunda-feira (26), apesar da repercussão mundial dos apertos monetários anunciados na semana passada, especialmente o do Federal Reserve (Fed). Porém, voltaram a registrar queda nesta tarde e encerraram o pregão no vermelho.
Os investidores temem a chegada de uma recessão global, enquanto o dólar segue fortalecido no exterior como investimento de proteção, contribuindo para que a libra e o euro chegassem a recordes negativos ante a moeda americana.
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O índice Dow Jones fechou em queda de 1,11%, enquanto o S&P 500 recuou 1,03% e o Nasdaq, 0,60%. Este último, chegou a registrar alta de 1,35% nesta manhã, mas logo entrou em trajetória descendente.
Na sexta-feira, o índice Dow Jones fechou em queda de 1,61%, a 29.590,41 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 1,72%, a 3.693,23 pontos, e o Nasdaq teve retração de 1,80%, a 10.867,93 pontos. Os três índices acumularam duas semanas consecutivas de queda.
Dólar
O dólar continua fortalecido no exterior, atingindo o seu maior nível em 20 anos. Já a libra ensaia uma recuperação, depois de registrar queda ao longo da manhã e chegar a operar em uma mínima recorde, ainda com o investidor analisando o cenário após o anúncio do programa de corte de impostos pelo governo britânico na última sexta-feira.
Diante disso, investidores já começam a projetar um aumento emergencial das taxas de juros no Reino Unido. O euro chegou no seu pior valor ante a moeda americana nos últimos 20 anos, repercutindo a eleição do partido de extrema-direita na Itália.
O Banco da Inglaterra (BoE) está sob pressão para agir devido à queda da libra, mas uma reunião de emergência é improvável, afirmou o economista-chefe da Pantheon Macroeconomics no Reino Unido, Samuel Tombs, em nota.
É improvável que a depreciação da libra cause problemas financeiros significativos para a maioria das empresas, tornando uma intervenção menos urgente, acrescenta ele.