NY: Bolsas fecham em queda em meio a preocupações com o teto da dívida dos EUA e à espera de CPI

O presidente dos EUA, Joe Biden, começou hoje uma rodada de reuniões com o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, com o objetivo de chegar a uma solução sobre o teto da dívida e evitar um default

Veja o desempenho das bolsas de NY -  Foto: Richard Drew/AP
Veja o desempenho das bolsas de NY - Foto: Richard Drew/AP

As bolsas de Nova York operaram com cautela nesta terça-feira e acabaram fechando em queda. A sessão foi marcada por preocupações com o imbróglio envolvendo o teto da dívida dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que investidores operaram em compasso de espera pela divulgação da inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. Além disso, renovados temores com as condições de crédito dos bancos americanos também ditaram a falta de sentimento de risco.

Assim, o índice Dow Jones fechou em baixa de 0,17%, a 33.561,81 pontos, o S&P 500 perdeu 0,46%, a 4.119,17 pontos, e o Nasdaq caiu 0,63%, a 12.179,55 pontos.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, começou hoje uma rodada de reuniões com o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, e outros líderes do Congresso, com o objetivo de chegar a uma solução sobre o teto da dívida e evitar um default.

No entanto, grande parte dos analistas está cética sobre a eficácia dos encontros. Para o BMO, apesar da “temperatura crescente” das negociações em Washington e do que isso implica em termos de progresso, um acordo não está prestes a acontecer.

A Oxford Economics, por sua vez, pontua que há três maneiras do Tesouro dos EUA evitar um calote: democratas e republicanos chegam a um acordo entre o projeto de lei do limite da dívida aprovado pela Câmara e a demanda dos democratas por um aumento limpo do limite da dívida; os formuladores de políticas aprovam um aumento do limite de dívida de curto prazo; uma coalizão bipartidária na Câmara usa uma petição de quitação para promulgar um projeto de lei de limite de dívida reduzido; ou o Tesouro efetivamente ignora o limite de endividamento e continua a tomar empréstimos para pagar suas obrigações em dia.

“Temos essa dívida pendente, e até que um acordo seja fechado, haverá alguma consternação crescente nos mercados”, disse George Mateyo, diretor de investimentos do Key Private Bank, ao “The Wall Street Journal”. “O mercado está começando a tocar a campainha e dizer: ‘Ei, Washington, é hora de prestar atenção aqui. A confiança é realmente o que está em jogo’”, acrescentou ele.

Amanhã será divulgado o CPI de abril, que trará mais sinalizações sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed). Hoje, o presidente da distrital de Nova York do banco central americano, John Williams, afirmou que levará “algum tempo” para que a inflação retorne à meta de 2%, “devido ao atraso entre as ações de política monetária e seus efeitos”. Ele projeta que a inflação desacelere para cerca de 3,5% este ano, antes de retornar a 2%.

Ademais, ele alertou que há sinais de mais aperto nas condições de crédito futuramente. O comentário acontece um dia depois de o Fed divulgar relatório em que alerta para o aperto nas condições de crédito por parte dos bancos, ao mesmo tempo em que a demanda por financiamentos também arrefece, afetando vários setores, como indústria, comércio e o imobiliário.

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