NY: Bolsas fecham no vermelho após dados dos EUA levantarem temores sobre Fed mais hawkish

Foi a pior queda em cerca de um mês, com o S&P 500 caindo abaixo dos 4 mil pontos pela primeira vez em uma semana

Bolsa de Valores de Nova York - Foto: Brendan McDermid/Reuters
Bolsa de Valores de Nova York - Foto: Brendan McDermid/Reuters

Os três principais índices acionários de Wall Street encerraram o dia em queda firme, após dados fortes da economia americana divulgados hoje cedo elevarem os temores de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) terá que manter suas taxas elevadas por mais tempo que o esperado anteriormente.

No fim da sessão, o índice Dow Jones fechou em queda de 1,40%, a 33.947,10 pontos, enquanto o S&P 500 exibiu perdas de 1,79%, a 3.998,84 pontos, e o Nasdaq caiu 1,93%, a 11.239,93 pontos. Entre os índices setoriais do S&P 500, o setor de consumo registrou a maior perda, com recuo de 2,97%.

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Foi a pior queda em cerca de um mês, com o S&P 500 fechando abaixo dos 4 mil pontos pela primeira vez em uma semana enquanto a Nasdaq também recebeu impacto da forte queda das ações da fabricante de carros elétricos Tesla.

O sentimento de um Fed mais hawkish também impulsionou o dólar e o rendimento dos Treasuries, que subiram bastante durante o dia ancorado na expectativa de que o Fed pode subir ainda mais os juros . No fim da tarde, o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,72%, a 105,301 pontos. Já o rendimento do T-Note de 10 anos subia a 3,599%, de 3,494% de sexta-feira. O yield do papel de dois anos avançou a 4,383%, de 4,292% anteriormente.

As ações da Tesla fecharam em queda de 6,37%, cotadas a US$ 182,45, impactadas pela notícia de que, com menor demanda na China, a companhia planeja reduzir a produção do modelo Y em até 20% em dezembro ante novembro, o que ajudou o índice a fechar no vermelho..

Nesta segunda, os dados de encomendas à indústria, bens duráveis, e do PMI de serviços do ISM dos Estados Unidos acima do esperado pressionaram o mercado. As encomendas à indústria subiram 1%, as de bens duráveis aumentaram 1,1% e o PMI de serviços avançou para 56,5, mostrando que, mesmo com o Fed elevando suas taxas desde o início do ano, a economia dos EUA continua forte e resistente.

“A atividade permanece bastante resiliente por enquanto, mas acreditamos que é apenas uma questão de tempo até que os aumentos nas taxas de juros do Fed e as condições financeiras mais apertadas levem a economia a uma recessão”, avalia Oren Klachkin, economista da Oxford Economics

Para Karl Chalupa, diretor executivo da Gamma Investment Consulting, os investidores têm se focado mais em boas notícias e em um Fed mais propenso a um afrouxamento monetário. “Mas a economia está desacelerando e as ações devem começar a cair depois das festas”, disse ele à Dow Jones Newswires. “O mercado estava sendo negociado com notícias cor-de-rosa. De nossa perspectiva, isso não vai acontecer”, disse Chalupa.

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