O que esperar dos dividendos do Itaú Unibanco (ITUB4) nos próximos anos? Veja resposta
Para o diretor de relações com investidores, Renato Lulia, o banco quer seguir crescendo, mas continuar sendo um grande pagador de proventos
O Itaú Unibanco (ITUB4) é um dos maiores pagadores de dividendos do país.
Se mantiver o passo e distribuir cerca de 60% do resultado de 2024, o banco deve pagar mais de R$ 20 bilhões em proventos.
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Mas há espaço para voltar aos níveis acima de 80% do final da década passada?
Analistas vêm considerando esse hipótese, uma vez que o Itaú sinaliza que não pretende gastar dinheiro com grandes aquisições de ativos agora.
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Segundo o diretor de relações com investidores do Itaú, Renato Lulia, porém, o grupo enxerga um equilíbrio entre remuneração aos investidores e crescimento.
Por um lado, sendo a maior instituição financeira do país, o banco enfrenta questões concorrenciais que limitam o crescimento inorgânico.
Contudo, o banco vê espaço para continuar crescendo, seja com aquisições menores, seja com investimento na expansão orgânica de forma rentável.
De fato, o Itaú Unibanco (ITUB4) registrou rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) de 24% no segundo trimestre, quando teve lucro de R$ 10 bilhões.
Esse movimento vem dando suporte para as ações, que subiram quase 50% nos últimos 12 meses.
“O que a gente está tentando fazer é ter um banco que seja rentável, que gera capital, consegue pagar dividendos, mas que está crescendo bastante também”, resumiu Lulia.
“A gente está num bom caminho para fazer isso; vamos tanto maximizar o preço da ação quanto pagar dividendos”, acrescentou o executivo.
Dividendo extraordinário de 2024 do Itaú: quando vem?
Segundo o diretor de RI, o Itaú deve anunciar no começo de 2025 o dividendo extraordinário relativo ao resultado deste ano.
“Vamos fazer a mesma coisa que fizemos em 2024 em relação a 2023”, afirmou ele, numa referência ao dividendo extra do ano passado, anunciado em fevereiro.
Até lá, o Itaú Unibanco (ITUB4) terá claro quanto precisará reservar de capital extra para atender demandas regulatórias, como a relativa a riscos operacionais.
Depois disso, o que exceder deve ir para o bolso dos acionistas.
“Não temos intenção nenhuma de carregar no balanço capital que não seja utilizado”, acrescentou.