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A entrada do Nubank no segmento de telefonia móvel com a operadora virtual NuCel aumenta a competição no setor, afetando diretamente Telefônica Brasil (VIVT3) e TIM Brasil (TIMS3). Os planos pré-pagos da NuCel competem com os híbridos e pós-pagos das outras operadoras. A TIM é mais afetada devido à sua maior exposição a planos pré-pagos, enquanto a Vivo tem maior concentração em planos pós-pagos. Analistas acreditam que o impacto pode ser limitado inicialmente, mas pode aumentar se o Nubank expandir o escopo do NuCel.
A entrada do Nubank (ROXO34) no segmento de telefonia móvel por meio da operadora virtual (MVNO) NuCel indica a retomada de uma competição mais acirrada no setor. Bem como afeta diretamente Telefônica Brasil (VIVT3) e TIM Brasil (TIMS3), diz o Goldman Sachs.
O banco acredita que os valores dos planos podem cair no futuro, caso a NuCel dê certo. O que aumentaria mais diretamente a competição em planos pré-pagos, mas ainda é cedo para se pensar nisso.
A TIM Brasil acaba sendo mais afetada, por conta da sua exposição maior a planos pré-pagos. Já a dona da Vivo tem concentração em um mercado de planos pós-pagos mais caro. Assim como em serviços fixos, o que limita os impactos de um eventual sucesso da NuCel.
“Em última instância, o impacto pode corroborar nossa visão mais conservadora no aumento de receitas por usuário no setor de telecomunicações”, comenta o banco. Eles notam que operadoras virtuais não têm muito sucesso aqui ou no exterior.
Expansão do NuCel
No entanto, para o Bradesco BBI, o lançamento do NuCel não traz grandes impactos para os planos ofertados atualmente pelas operadoras tradicionais de telefonia móvel. Isso por conta de preços em linha com os praticados por Telefônica Brasil e TIM Brasil, e inicialmente limitado aos clientes do Nubank.
Dessa forma, os analistas Daniel Federle e Camila Koga escrevem que o anúncio feito na segunda-feira (29) não teve surpresas pelo o que já vinha sendo ventilado pela imprensa. Ou seja, o objetivo do Nubank parece ser atender um mercado mais seleto e não competir com TIM e Vivo.
“Apesar da combinação de marca forte e serviços eficientes possam garantir alguma participação de mercado ao NuCel, acreditamos que a magnitude dessas vantagens competitivas são substancialmente menores às que eles têm no setor financeiro”, comentam.
Então, o banco acredita que o risco que existe é se o Nubank se animar com a iniciativa e amplie o escopo do NuCel. O que levaria as grandes operadoras para responder rapidamente a preços menores e reduzir a racionalidade que existe hoje no setor desde a incorporação da Oi.