O pedido do CEO da Casas Bahia (BHIA3): ‘Olhar o início de 2024 será enxergar um carro com motor novo’
Sob reestruturação, varejista perdeu R$ 2,6 bilhões em 2023
O grupo Casas Bahia (BHIA3), antiga Via, registrou prejuízo de R$ 1 bilhão no quarto trimestre, 513,5% maior do que as perdas no mesmo período de 2022.
Foi o sexto trimestre consecutivo em que o resultado líquido da varejista foi negativo.
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Assim, a última vez em que registrou lucro foi no segundo trimestre de 2022 – de R$ 16 milhões.
No ano de 2023, o prejuízo acumulado chegou a R$ 2,62 bilhões, ante perda de R$ 342 milhões no ano anterior.
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No comunicado que acompanha o balanço, a varejista diz que os números vieram ainda impactados por ajustes do seu plano de transformação.
“O quarto trimestre de 2023 marca a continuidade do plano de transformação apresentado no segundo trimestre de 2023 e reforça a alta capacidade de entrega das iniciativas, que seguem dentro do planejado e terão captura gradual ao longo de 2024 e 2025.”
‘Motor novo’
De acordo com o presidente da Casas Bahia, Renato Franklin, a empresa executou até agora cerca de 35% do plano de transformação.
O maior impacto dos ajustes da reestruturação recaíram justamente sobre o trimestre passado e no imediatamente anterior, segundo o executivo.
“Não enxergamos os níveis de impacto daqui para frente. O primeiro trimestre de 2024 já vem muito mais limpo”, disse Franklin, em teleconferência com investidores.
“Por isso, falamos para o mercado que olhar o início de 2024 será enxergar um carro com motor novo”, acrescentou o CEO.
As receitas brutas tiveram queda de 15,5% em relação ao quarto trimestre de 2022, fechando em R$ 8,8 bilhões.
Enquanto o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi negativo em R$ 163 milhões, recuo de 74% ante um ano antes.
‘Readequação’
Nos últimos três meses do ano passado, a Casas Bahia (BHIA3) realizou o fechamento de 17 lojas.
Mas desde o início da reestruturação, foram 55 unidades encerradas e quatro centros de distribuição “readequados”.
De acordo com Franklin, a partir deste ano o resultado operacional (Ebitda) ajustado ficará muito mais próximo do contábil.
“Será mais fácil de enxergar a realidade da companhia.”
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo