Pesquisa BofA: apesar de alta em agosto, Ibovespa deve fechar 2024 abaixo de 140 mil pontos

Para o câmbio, levantamento espera dólar entre R$ 5,41 e R$ 5,70

Operadores da bolsa trabalham de olho no painel de cotações da B3, em São Paulo. Foto: Divulgação/B3
Operadores da bolsa trabalham de olho no painel de cotações da B3, em São Paulo. Foto: Divulgação/B3

Apesar da alta de quase 2,50% do Ibovespa em agosto, apenas 13% dos entrevistados pelo Bank of America (BofA) acreditam que o índice irá romper a barreira dos 140 mil pontos neste ano.

As expectativas, embora pouco otimistas, já estão melhores agora do que estavam em julho, No mês passado, somente 3% dos ouvidos pelo BofA esperavam pelo índice acima desse patamar.

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A metade dos entrevistados, no entanto, acreditam que o principal índice de ações da bolsa deve encerrar 2024 em algum lugar entre 130 mil e 140 mil pontos. Nesta terça-feira (13), o índice está acima de 130 mil pontos.

O levantamento, realizado todo o começo de mês, ouviu 30 representantes do mercado financeiro pelo mundo. A maioria, 77%, é composta por gestores de fundos de investimentos.

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Pesquisa do BofA vê real desvalorizado

Além do Ibovespa abaixo dos 140 mil pontos, a pesquisa do BofA aponta um desânimo também com o desempenho do real.

Dois terços dos entrevistados esperam que a cotação do dólar frente a divisa brasileira se mantenha entre R$ 5,41 e R$ 5,70. No mês passado, no entanto, as apostas majoritárias se situavam entre R$ 5,11 e R$ 5,40.

Em sentido oposto, a economia brasileira deve superar as expectativas do início do ano.

O PIB nacional deve sustentar uma alta entre 2% e 3%, repetindo assim o desempenho de 2023. No ano passado, encerrou com alta acumulada de 2,9%.

“O Brasil terá desempenho superior na América Latina em comparação ao México nos próximos seis meses”, destaca o BofA.

O que explica bolsa abaixo de 140 mil pontos?

O levantamento do banco americano aponta que as empresas do Brasil (e da América Latina) tiravam uma melhora de caixa de 5,6% em agosto, acima dos 4,4% em julho, e agora estão próximos dos níveis históricos da região.

No entanto, os ativos regionais devem ser penalizados por uma dinâmica externa, sobretudo dos Estados Unidos.

“À medida que os riscos de um pouso forçado nos EUA aumentaram, os participantes da pesquisa acreditam que uma desaceleração nos EUA seria o maior risco para a América Latina”, afirma o documento do BofA.

BofA: Selic em 9%

Nos juros, apesar do mercado precificar uma alta para a Selic de mais de 0,50 ponto porcentual (p.p,) neste ano, os entrevistados pelo BofA esperam que o Copom mantenha a selic em 10,50% em 2024. “Para o próximo ano, espera-se que o ciclo de flexibilização seja retomado, levando a taxa selic para 9,50%”, destaca a pesquisa. “Esperamos selic em 9% no próximo ano”, afirma o banco.

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