Petrobras deve pagar R$ 15,8 bi em dividendos junto com 1º trimestre de 2025, diz Itaú BBA
Montante deve ser cerca de 50% maior do que o anunciado no mesmo período de 2024, segundo o Itaú BBA

A Petrobras (PETR4) deve anunciar um dividendo ordinário ao redor de R$ 15,8 bilhões junto com fortes resultados no primeiro trimestre de 2025, estimou nesta sexta-feira (4) o Itaú BBA.
Segundo o relatório, o resultado operacional da petroleira, medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) deve ter sido de R$ 62 bilhões.
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Isso equivale a um crescimento de 9% na base sequencial, apoiado pelo aumento da produção de petróleo e melhores margens de refino.
Já o investimento deve ter consumido R$ 20,3 bilhões do caixa da companhia no período.
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Isso inclui uma parte do investimento reportado no fim de 2024 que não foi realmente desembolsado. Essa linha do balanço, conhecida como capex, é usado para cálculo de dividendos.
Como resultado, o dividendo regular da Petrobras, que deve somar US$ 2,7 bilhões em moeda norte-americana, proporcionaria uma rentabilidade (dividend yield) de 3,4%.
Isso se compara com os cerca de R$ 10 bilhões declarados pela Petrobras em dividendos no primeiro trimestre de 2024.
Aumento na produção de petróleo da Petrobras no 1º tri
Segundo o Itaú BBA, a produção de petróleo da Petrobras deve ter somado 2,175 milhões de barris equivalentes por dia (ante 2,09 milhões de barris no quarto trimestre de 2024.
Nestes moldes, o custo de extração, excluindo a participação do governo, caiu 4% na comparação sequencial.
No segmento de refino, a produção do trimestre deve ter sido afetada pela parada de manutenção na RNEST, resultando em aumento nas importações de diesel.
Considerando a sazonalidade, os investimentos da companhia de janeiro a março devem somar cerca de R$ 24 bilhões, ou 22% do previsto para o ano.
A Petrobras divulga seus resultados do primeiro trimestre em 12 de maio (segunda-feira).
No dia seguinte, executivos da companhia discutem os resultados, além de perspectivas, com investidores e analistas em teleconferência.
Ações da Petrobras em montanha russa
PETR4 desabava quase 6% na B3 nesta sexta-feira, com analistas temendo que o setor de petróleo possa ser fortemente atingida pelos desdobramentos do aumento generalizado de tarifas comerciais nos Estados Unidos.
Além disso, a OPEP+, grupo dos maiores produtores de petróleo do mundo, anunciou que vai aumentar a capacidade de produzir mais óleo em resposta às tarifas.
O bloco formado por países como Rússia, Arábia Saudita e Kuwait anunciou que vai expandir o volume produzido diariamente pata 411 mil barris por dia.
Simultaneamente, porém, algumas casas de investimentos têm reforçado a visão positiva para o papel, considerando aspectos fundamentalistas da companhia.
O Goldman Sachs, por exemplo, elevou nesta semana o preço-alvo das ações da Petrobras, que nos últimos dias chegaram perto de novas máximas históricas. Assim, PETR4 ainda acumula valorização de 9% nos últimos 12 meses.