Prates, da Petrobras (PETR3; PETR4): há interesse nos leilões de blocos na Namíbia, Venezuela e Margem Equatorial colombiana
Presidente da Petrobras explicou que o interesse na Venezuela e também na Namíbia se justifica pelo fato dos melhores resultados da petroleira terem sido encontrados no Atlântico
A Petrobras avalia seriamente voltar a investir na Venezuela depois que os Estados Unidos suspenderam sanções à compra do petróleo venezuelano, o que pode ter impacto inclusive no Plano Estratégico da companhia para o período 2024-2028, que está sendo elaborado, informou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates nesta quinta-feira (19).
Além disso, a petroleira também quer participar dos leilões de petróleo do governo brasileiro, mas pretende também adquirir blocos fora do País, como na Namíbia, Venezuela, Margem Equatorial colombiana.
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Prates também afirmou que mantém a convicção de que a Petrobras vai conseguir explorar a Margem na bacia da Foz do Amazonas, na parte brasileira.
“Eu sinceramente não acredito que não vamos conseguir a licença da Margem Equatorial”, disse em live da agência epbr, referindo-se à bacia da Foz do Amazonas, considerada mais complexa do que bacia Potiguar, também na Margem, que já recebeu licença para perfurar um poço (Pitu Oeste).
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Prates explicou que o interesse na Venezuela e Namíbia se justifica pelo fato dos melhores resultados da Petrobras terem sido encontrados no Oceano Atlântico, como o pré-sal. “Se o Atlântico é onde temos o melhor resultado, por que não Namíbia?”, destacou.
Segundo o executivo, a ideia é fortalecer a companhia e garantir reservas. “A reposição de reservas é uma preocupação constante, o ganho é esse”, disse, reafirmando que é possível explorar a Margem Equatorial na parte colombiana, que segundo especialistas teria reservatórios parecidos com a parte da Margem brasileira.
Reajuste de preço
O presidente da Petrobras disse que a estatal está “no limiar de fazer consideração importante no patamar de preço”, referindo-se aos derivados produzidos pela companhia que estão sendo impactados pelo preço do petróleo.
Ele ressaltou que o petróleo tem operado com grande volatilidade e a expectativa já era de alta quando estourou a guerra Israel e Hamas, o que pode pressionar ainda mais o preço da commodity.
“Desde agosto fizemos ajustes, agora estamos no limiar de fazer consideração importante no patamar de preço”, disse no Energy Talks da agência epbr.
Ele afirmou que nos seus 70 anos, a Petrobras enfrentou muitos desafios, e hoje tem o maior de todos, que é se transformar sendo a mesma empresa. Segundo ele, a estatal não vai perder o foco na produção de petróleo e derivados, mas terá que fazer uma verdadeira metamorfose para acompanhar a transição energética.
“Tivemos vários recordes, o que mostra que não perdemos o foco”, citando recordes de produção, refino e processamento de gás natural.
Na avaliação de Prates, o mercado financeiro está entendendo a transformação que está sendo feita na companhia, informando que na quarta-feira, 18, as ações da companhia também atingiram preço recorde.
Com informações do Estadão Conteúdo.