Dividendos da Petrobras (PETR3; PETR4) no 1º trimestre podem chegar a US$ 2,4 bilhões
Bancos avaliam dados operacionais e calculam quanto a petroleira deve anunciar em proventos aos acionistas
Os resultados operacionais da Petrobras (PETR3; PETR4) foram positivos no primeiro trimestre de 2025, o que deve gerar números financeiros robustos em meio à redução dos investimentos, diz o BTG Pactual.
Os analistas Luiz Carvalho, Pedro Soares e Henrique Pérez escrevem que a produção foi beneficiada pela redução de manutenções programadas em plataformas e melhorias operacionais em novos ativos.
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O banco calcula que a Petrobras deve ter um Ebitda de US$ 11,5 bilhões no primeiro trimestre, cerca de 3% acima do consenso do mercado, resultando em boa geração de caixa e dividendos em torno de US$ 1,6 bilhão.
O BTG Pactual tem recomendação de compra para US$ 20 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse).
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Bradesco BBI: dividendos mais robustos da Petrobras
A produção da Petrobras ficou em linha com o esperado no primeiro trimestre, retomando níveis vistos no mesmo período do ano passado, ajudada por menor número de paradas para manutenções e execução do seu plano estratégico, diz o Bradesco BBI.
Os analistas liderados por Vicente Falanga escrevem que o resultado operacional indica que a Petrobras terá Ebitda entre US$ 10,5 bilhões e US$ 11 bilhões no primeiro trimestre.
Além disso, as atenções se voltam para os investimentos da companhia, que devem ser menores do que no quarto trimestre, contribuindo para os dividendos ficarem em torno de US$ 2,4 bilhões.
O Bradesco BBI tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em R$ 53 para as ações preferenciais, potencial de alta de 73,4% sobre o fechamento de terça-feira.
Citi: o que esperar do balanço da Petrobras?
A produção da Petrobras no primeiro trimestre foi beneficiada pelos novos poços, o início das operações em novos navios-plataformas (FPSOs) e por menores paradas no período, avalia o Citi, que espera que a estatal também apresente um bom resultado financeiro no período,
Já no segmento de refino e distribuição, a taxa de utilização foi menor, refletindo a parada da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), enquanto as vendas aumentaram na comparação anual, refletindo o aumento do mercado brasileiro de combustíveis.
Sobre o balanço do primeiro trimestre, o Citi espera que a Petrobras apresente um aumento trimestral no Ebitda ajustado e que anuncie dividendos, diante da estabilidade do preço do petróleo, do aumento no preço do diesel e pela redução no custo de extração.
O Citi mantém a sua recomendação neutra sobre as ADRs da Petrobras, com preço-alvo de US$ 14.
Goldman Sachs: melhora na operação no pré-sal
A produção de petróleo da Petrobras no pré-sal manteve a sua tendência de crescimento no primeiro trimestre, impulsionada pela entrada em operação de um navio-plataforma (FPSO) no campo de Búzios, o aumento da produção em FPSOs no campo de Mero e a conexão de sete novos poços, afirma o Goldman Sachs.
Já no pós-sal, a produção foi beneficiada pela comparação mais fácil em relação ao quarto trimestre, visto que as operações foram retomadas depois de algumas paradas para manutenção feitas no fim do ano passado.
No caso de derivados, a produção foi pressionada pela parada programada na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), o que também ajudou no aumento das importações de diesel. Enquanto isso a venda no mercado interno teve uma leve queda no volume, pressionada pela gasolina, com a comercialização do diesel praticamente estável.
O banco espera que a Petrobras anuncie US$ 2,4 bilhões em dividendos no próximo dia 12 de maio, quando publicar seu resultado financeiro.
O Goldman Sachs mantém a sua recomendação de compra sobre as ações da Petrobras, com preço-alvo de R$ 39,10 para as ações ordinárias e de R$ 35,60 para as preferenciais.
Com informações do Valor Econômico