Qual o impacto do protecionismo nos EUA sobre o dólar, taxa de juro e equilíbrio fiscal?

A Carta do Gestor, documento emitido mensalmente pelo Itaú BBA com o intuito de traduzir o mundo das ações para o investidor pessoa física, fez ponderações importantes na edição de abril. O documento assinado por Victor Natal e Mathias Dabdad Venosa acredita que o avanço do protecionismo nos Estados Unidos não é necessariamente uma notícia ruim para o Brasil. “(…) maiores tarifas de importação devem pressionar a inflação norte-americana, levando a uma desvalorização do dólar – o que, por sua vez, reduz as perspectivas de inflação (e juros) no Brasil”.

De acordo com o documento, essa percepção fez com que a curva de juros se fechasse durante o mês que terminou. Assim, a previsão do próprio Itaú é de que o câmbio encerre o ano em R$ 5,75 – a previsão anterior era de R$ 5,90. Houve revisão também na taxa Selic. Antes, esperava-se que ela encerrasse o ano em 15,75% ao ano. A nova previsão é de 15,25%.

“Em relação exclusivamente ao cenário brasileiro, a principal fonte de preocupação dos investidores – tanto dos locais quanto dos estrangeiros – continua sendo a situação das contas públicas”, indica o relatório.

Para além do protecionismo dos Estados Unidos

O documento ainda indica mudanças em carteiras administradas pelos gestores. Na Carteira Dividendos, por exemplo, entra o Banco Santander (SANB11) e sai Isa Energia (ISAE4).

O motivo: “Embora vejamos riscos para o setor bancário, inclusive a perspectiva de aumento da inadimplência das pessoas físicas, os níveis elevados de spreads bancários ainda devem ser um importante propulsor de resultados no curto prazo”.

Confira a composição da Carteira Dividendos