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Europa fecha em baixa com indicadores fracos na zona do euro e temor sobre inflação nos EUA
As bolsas europeias fecharam na sua maioria em queda nesta quarta-feira (14), ainda refletindo a piora das perspectivas de alta dos juros nos EUA, depois da divulgação dos dados de inflação ao consumidor de ontem, que indicaram que as pressões inflacionárias diminuíram menos do que se esperava em agosto.
Também pesou sobre a maioria das bolsas mais importantes do continente os indicadores macroeconômicos na região, como a produção industrial e a inflação no Reino Unido.
Após ajustes, o Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,86%, a 417,51 pontos.
O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, caiu 1,47%, a 7.277,30 pontos.
O DAX, de Frankfurt, recuou 1,22%, a 13.028,00 pontos.
O índice de Paris, CAC 40, cedeu 0,37%, a 6.222,41 pontos.
Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,49%, a 22.413,46 pontos, na contramão dos seus pares.
O Ibex 35, de Madri, recuou 0,10%, a 8,055,60 pontos.
Motivos da queda
Os temores de que o Federal Reserve (Fed) precisará continuar elevando agressivamente os juros pressionaram bastante os ativos de risco ontem, levando Wall Street a anotar a sua pior sessão desde junho de 2020, depois que o índice de preços ao consumidor nos EUA indicou uma alta de 0,1% na comparação com julho, contrariando as expectativas de consenso, que eram de queda de 0,1% no período.
As ações em Nova York tentam uma recuperação hoje, com alguns investidores buscando comprar ações descontadas depois das fortes perdas anotadas após os dados de inflação, enquanto as ações europeias – que recuaram menos do que as americanas ontem – anotaram mais um pregão no vermelho.
As ações americanas também recebem algum alívio dos dados de hoje de preços ao produtor, que vieram em linhas com as expectativas e indicaram desaceleração em agosto.
Na Europa, em contraste, a produção industrial da zona do euro caiu 2,3% em julho, na comparação com a leitura de junho, e surpreendeu negativamente, indicando queda maior do que o esperado da atividade do setor e alimentando os temores de recessão no continente.
Inflação no Reino Unido
Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido em agosto aumentou 9,9% no ano na comparação com o mesmo mês do ano passado, desacelerando da leitura de 10,1% em julho, quando anotou a maior taxa de inflação em mais de quatro décadas.
Recuo entre os bancos
No recorte setorial, a maioria dos segmentos fechou o dia em queda, com o setor bancário – de maior peso no Stoxx 600 – recuando 0,11%. As ações de energia (+0,80%) e do setor automotivo (+0,39%) foram as exceções, encerrando o dia na contramão de seus pares.
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