Santander reduz projeção de valorização das ações da Petrobras; saiba os motivos
Banco reiterou sua recomendação neutra para os papéis, refletindo desafios em planos estratégico e perfil de produção aquém de pares
O Santander cortou seu preço-alvo para ações ordinárias da Petrobras (PETR3) de R$ 47 para R$ 43 e para os recibos de ações (ADRs) de U$ 18 para US$ 17. Assim como reiterou sua recomendação neutra, refletindo desafios em planos estratégico e perfil de produção aquém de pares.
Por volta de 11h15, as ações ordinárias da Petrobras caíam 0,9% na B3, para R$ 41,05. Enquanto os ADRs baixavam 0,4% na Bolsa de Nova York, a US$ 15,14.
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Os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz escrevem, em relatório, que a visão cautelosa não está relacionada com as recentes mudanças de gestão. Mas sim a convicção de que a Petrobras atravessa os mais desafiadores períodos do seu plano estratégico de 2024 a 2028.
Isso devido à introdução de muitas unidades flutuantes de produção e armazenamento de petróleo (FPSOs) arrendados até o quarto trimestre de 2025.
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Dividendos extraordinários
Segundo eles, juntamente com outros desembolsos pontuais de caixa, a posição de caixa da Petrobras deve se aproximar de seu nível de referência. E deixar pouco espaço para dividendos extraordinários em 2025, além dos US$ 4,5 bilhões já previstos para serem pagos no segundo trimestre de 2024 e primeiro trimestre de 2025.
Além disso, a Petrobras possui um perfil de produção rentável. Que, no entanto, fica atrás dos seus pares em termos de crescimento e substituição de reservas, afirmam os analistas. Eles dizem que a produção deve melhorar no segundo semestre deste ano. Mas atrasos devido a licenciamento ambiental restringem a visibilidade sobre o ritmo e a magnitude da recuperação.
“Embora reconheçamos as operações de referência da empresa e monitoremos potenciais oportunidades exploratórias, acreditamos que as ações poderão oferecer um potencial de valorização limitado a curto prazo”, concluem eles.
Com informações do Valor Econômico