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Seacrest Petroleo, que atua no Brasil, conclui IPO e levanta US$ 260 milhões na bolsa da Noruega
Em meio a uma seca de ofertas de ações no Brasil, a Seacrest Petroleo conseguiu concluir sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa de Oslo, Noruega. Com a transação a companhia, que é focada na aquisição de campos maduros de petróleo e gás natural, levantou US$ 260 milhões.
“Existe um potencial significativo de criação de valor em nossos ativos de produção exclusivamente integrados por meio de uma série de atividades de redesenvolvimento de baixo risco que devem triplicar a produção até 2025. Nossa produção de alta margem de fluxo de caixa nos permite crescer e planejar o retorno de capital aos acionistas no curto prazo”, disse, em nota, o presidente da Seacrest Petroleo, Michael Stewart.
A estreia das ações na bolsa de Oslo será amanhã, dia 23. Além de bancos noruegueses, BTG Pactual e Itaú BBA foram coordenadores do IPO.
Para conseguir emplacar a oferta, a companhia teve que aceitar um corte de preço. A avaliação da empresa foi reduzida de US$ 215 milhões para cerca de US$ 148 milhões, considerando a cifra antes da capitalização (pre-money). Com o IPO, a empresa chega avaliada em US$ 383 milhões, podendo chegar em US$ 407 milhões caso seja exercido o lote suplementar da oferta.
No IPO, a Mercuria Energy Group Limited alocou US$ 80 milhões e ficará com cerca de 30% da petroleira após a conclusão da oferta.
Todos os ativos da Seacrest estão no Brasil, mas sua sede fica em Bermudas. A petroleira é mais uma que viu um mercado potencial no Brasil após o programa de desinvestimentos da Petrobras que teve largada no governo de Michel Temer. Dentre elas estão a 3R Petroleo, PetroRio e PetroReconcavo, listadas na B3.
A empresa foi fundada em 2020 por Erik Tiller e Paul Murray, que também são cofundadores da petroleira norueguesa OKEA, já listada na bolsa de Oslo. “O grupo segue uma estratégia no Brasil semelhante à que a OKEA ASA tem seguido na Noruega”, ainda de acordo com o prospecto do IPO. Desde o ano passado, Rafael Grisolia, ex-CFO da Petrobras e ex-CEO da distribuidora de combustíveis Vibra Energia, foi nomeado diretor financeiro da petroleira.
A primeira investida da empresa foi o campo de Cricaré, também da Petrobras, que compreendia 27 concessões de petróleo na terra, além de ativos de produção de petróleo, operação concluída no fim de 2021. “Todos os campos que compõem os Clusters Cricaré e Norte Capixaba estão em terra na Bacia do Espírito Santo, no estado do Espírito Santo, Brasil. Com fator de recuperação médio atual de 17%, esses campos estão em fase de produção e são considerados ativos de meia-idade”, afirma a empresa, em seu prospecto.
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