Suzano (SUZB3) sai do lucro para prejuízo de R$ 6,74 bilhões no 4º trimestre

Citi avalia que a maior produtora de celulose de mercado teve resultados resilientes mesmo com os preços baixos da celulose

A Suzano (SUZB3), maior produtora de celulose de mercado do mundo, encerrou o quarto trimestre com prejuízo líquido de R$ 6,74 bilhões. Dessa forma, revertendo lucro de R$ 3,23 bilhões, puxado pela desvalorização do real sobre o dólar.

De outubro a dezembro, a companhia teve receita líquida de R$ 14,17 bilhões, alta de 16% na comparação anual. No intervalo, o preço médio líquido da celulose vendida pela Suzano no mercado externo alcançou US$ 584 por tonelada, com avanço de 3% em 12 meses.

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Já o preço médio líquido do papel ficou em R$ 6,9 mil por tonelada, 3% acima do registrado um ano antes.

Por dentro do balanço da Suzano (SUZB3)

As vendas em volume somaram 3,71 milhões de toneladas — 3,28 milhões de toneladas de celulose e 430 mil toneladas de papel —, com crescimento de 24% frente ao mesmo período de 2023. As vendas de celulose subiram 25%, enquanto as de papel avançaram 20%, na mesma base de comparação.

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No trimestre, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia caiu 1%, para R$ 6,48 bilhões, com margem Ebitda de 46% — queda de 7 pontos percentuais no ano. A geração de caixa operacional, por sua vez, foi 10% superior e ficou em R$ 4,84 bilhões.

Ao fim de dezembro, o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 15,55 bilhões, ante o resultado positivo de R$ 2,27 bilhões no mesmo trimestre do ano anterior.

Desse valor, R$ 5,37 bilhões foram perdas foram decorrentes de operações com derivativos, enquanto as variações cambiais e monetárias responderam por uma perda de R$ 8,93 bilhões.

Em dezembro, a alavancagem financeira, medida pela relação da dívida líquida em relação ao Ebitda ajustado, estava em 2,9 vezes em dólares, ante 3,1 vezes no fim de setembro.

Em todo o ano de 2024, a receita líquida da Suzano alcançou R$ 47,4 bilhões, alta de 19%. O Ebitda ajustado avançou 31%, para R$ 23,85 bilhões, e o resultado financeiro líquido somou prejuízo de R$ 28,8 bilhões, contra um resultado positivo de R$ 5,78 bilhões em 2023.

Resultados resilientes

Para o Citi, a Suzano (SUZB3) superou expectativas no quarto trimestre, com seus resultados se mostrando resilientes mesmo com os preços baixos da celulose, apoiados em maiores volumes movimentados e redução nos custos, diz o Citi.

Os analistas Stefan Weskott e Carolina Cruzat escrevem que o Ebitda ajustado de R$ 6,5 bilhões superou suas estimativas de R$ 6,3 bilhões mesmo com queda de 13% nos preços realizados sobre o terceiro trimestre.

“Apesar de não enxergarmos uma recuperação nos preços nos próximos meses, Suzano deve continuar a ter resultados acima do mercado, apoiado na valorização do dólar e aumento de produção na usina de Ribas do Rio Pardo”, comenta o banco.

O Citi tem recomendação de compra para Suzano, com preço-alvo em R$ 87, potencial de alta de 50% sobre o fechamento de quarta-feira.

Com informações do Valor Econômico

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