Vale (VALE3): o que aconteceu com a ação da mineradora nos últimos anos? Entenda

Ação da Vale (VALE3) perde da bolsa desde 2023; neste ano, o desempenho é de ligeira alta enquanto o Ibovespa valoriza 11%.

Empresas citadas na reportagem:

Olhar para o passado, todo investidor sabe, pode não ser o melhor caminho para determinar o que vai ocorrer com um investimento no futuro. Ainda mais quando este investimento é uma ação. Mesmo assim, olhar para trás ajuda a entender um pouco do comportamento de um papel específico em determinado período de tempo.

Pensando nisso, a Inteligência Financeira decidiu olhar pelo retrovisor e descobrir: o que aconteceu com Vale (VALE3) nos últimos anos em comparação com o desempenho da Ibovespa, o índice de referência da B3? A resposta é a seguinte: desde 2023, a ação da mineradora perde do Ibovespa.

O cálculo foi feito por Einar Riveiro, da consultoria Elos Ayta. A tabela a seguir ajuda a entender melhor a comparação.

Retorno % da Vale (VALE3)

AnoVALE3 (%)Ibovespa (%)
202070,932,92
20214,86-11,93
202224,954,69
2023-5,7322,28
2024-22,80-10,36

O gráfico a seguir mostra o mesmo que a tabela acima, mas inclui um ano a mais. É 2025, quando as ações da Vale mostram ligeira elevação de 0,95% enquanto o Ibovespa mostra alta bastante robusta: 11%. A tendência, portanto, permanece neste ano. Os dados de 2025 são até 6 de maio.

Panorama sobre a mineradora

Recentemente, no fim do mês passado, a mineradora anunciou seus resultados do primeiro trimestre deste ano. O lucro líquido registrado foi de US$ 1,39 bilhão. Isso representa uma queda de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado. O desempenho refletiu algo que tem sido uma pedra no sapato da Vale (VALE3), que é a queda de 16% dos preços do minério de ferro e de 6% do níquel.

De qualquer forma, para o investidor, fica a mensagem sobre a perspectiva da própria mineradora sobre o assunto. A Vale acredita que a forte demanda da China pelo minério de ferro deve sustentar os preços da commodity nos próximos meses, o que evitaria pressão adicional sobre as receitas da companhia.

E os dividendos? Bem, a fala de Marcelo Bacci, vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da empresa, foi a seguinte: “Nossa política de pagar um dividendo mínimo equivalente a 30% da geração de caixa será preservado. Acima disso, vai depender das condições do mercado”.

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