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Veja o que fazer com ações da Braskem e da Petrobras após novo adiamento de oferta de ações
Mais uma vez a venda de mais de R$ 8 bilhões em ações da Braskem (BRKM5) foi adiada pela Petrobras (PETR4) em conjunto com a Novonor (ex-Odebrecht). Nesta sexta (28), a petroleira disse que a decisão foi tomada “em decorrência da instabilidade das condições do mercado de capitais, que resultaram, neste momento, em níveis de demanda e preço não apropriados para a conclusão da transação”. Se negociava uma venda dos papéis a R$ 40 cada um.
A notícia levou os papéis da Braskem a dispararem 7,50%, a R$ 50,00 cada ação no pregão de sexta.
“O melhor a fazer no momento é aguardar. Lembrando ainda que o mercado tem visto essa venda positiva para todos os lados envolvidos. Para a Braskem, tornar-se uma corporation [firma sem controle definido] vai de encontro ao objetivo da companhia de entrar no mais alto nível de governança do mercado”, afirma Heitor Martins, especialista em renda variável na Nexgen Capital.
A Braskem está no processo de entrada ao Novo Mercado da B3. Neste segmento são adotadas as melhores práticas de governança corporativa , o que pode refletir e levar à valorização das ações.
“Para Braskem, os papéis podem ficar pressionados pelo aumento de papéis em circulação e consequente pressão vendedora. Este efeito deve ser pontual e a correção não deve demorar para acontecer. O ponto principal relativo ao evento é a mudança das ações da Braskem para o Novo Mercado”, diz Komura.
Segundo analistas, o adiamento é positivo para todas as partes envolvidas, pois o preço sugerido estaria muito descontado.
“O mercado temia que Petrobras e Novonor aceitassem venda com desconto. Braskem praticamente dobrou de preço no último ano”, diz Jayme Carvalho, economista da SuperRico e conselheiro CFP® na Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro).
“Está certo não aceitarem a R$ 40, é muito barato. A Braskem é uma empresa com boa margem, bem administrada, dominante no mercado que atua, com dívida baixa em relação a geração de caixa e un múltiplo baixo”, diz Flavio Conde, head de renda variável da Levante.
Ele recomenda se ter o papel em uma carteira bem diversificada e quem já o tem, deve esperar uma maior valorização. “A empresa está em um preço muito atrativo.”
A Petrobras, por sua vez, não sofre tanto impacto com a operação, que representa um valor muito pequeno perto da capitalização da petroleira.
Além disso, seu valor está atrelado ao preço do petróleo e ao mercado brasileiro. “[Para comprar ou não Petrobras] o investidor deve olhar fundamento da empresa e do petróleo. Há uma questão geopolítica na Europa e uma gestão profissional da empresa, mas há o peso da questão política”, diz Carvalho da SuperRico.
“A Petrobras está barata pelo risco político, mas, justamente por esse risco, historicamente o investimento não compensa, mais ainda em ano eleitoral com Lula na frente das pesquisas”, afirma Conde da Levante, que prefere PetroRio (PRIO3) e 3R (RRRP3).
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