Caixa Seguridade (CXSE3): confira o calendário de dividendos e se vale a pena investir
Caixa Seguridade (CXSE3) ganhou maior atenção de investidores de olho em dividendos por causa de Selic e mercado imobiliário
A Caixa Seguridade (CXSE3) ganhou nos últimos meses maior atenção dos investidores de olho em dividendos, uma vez que ela é forte no financiamento imobiliário e beneficiada em ciclos de alta de juros.
Isso porque a companhia costuma distribuir cerca de 90% do lucro aos acionistas.
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Neste ano, entretanto, algumas casas de análise excluíram o papel de suas carteiras recomendadas de dividendos devido às perdas da empresa com pagamento de indenizações por causa das enchentes no Rio Grande do Sul.
Ainda assim, a expectativa de analistas é de crescimento das receitas e das margens de lucro para 2025 e além.
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O que esperar de CXSE3 nos próximos trimestres e anos
Dois vetores com forte impacto nos resultados da Caixa Seguridade devem ser observados com atenção pelos investidores: o setor imobiliário e a Selic.
O primeiro porque a companhia tem quase 70% dos seguros imobiliários no país, em linha com sua controladora, a Caixa Econômica Federal, que domina o financiamento do setor.
Dessa forma, o ritmo forte das vendas de residências vem contribuindo para apoiar os resultados da Caixa Seguridade em 2024.
Devido à desaceleração nos financiamentos com recursos da poupança, a Caixa Seguridade deve também registrar algum freio no quarto trimestre. Isso segundo o BTG Pactual.
Contudo, o ritmo forte de operações do programa Minha Casa, Minha Vida, que representam cerca de dois terços dos empréstimos imobiliários no banco, devem continuar firmes em 2025.
Já o outro vetor, a taxa básica de juros, refere-se ao fato de seguradoras como a Caixa Seguros terem uma grande carteira de títulos públicos.
E, segundo a própria companhia, seu lucro cresce entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões a cada mudança de um ponto percentual na Selic.
Atualmente, a taxa básica está em 10,75% ao ano. Pelas projeções de economistas, ela deve subir para 12% ou mais no começo de 2025.
Ou seja, há dois fatores concorrendo para a melhora dos resultados da Caixa Seguridade no ano que vem.
Para o acumulado de 2024, a expectativa média de analistas é de lucro ao redor de R$ 3,6 bilhões.
Já para 2025, a projeção média do mercado é de lucro de R$ 4,4 bilhões.
CXSE3 acumula valorização de 18,8% em 2024 até 30 de outubro.
Balanço da Caixa Seguridade do 3° tri/2024
O braço de seguros e previdência da Caixa divulga seus resultados do terceiro trimestre na quinta-feira (7).
Posteriormente, no dia seguinte, às 11h (horário de Brasília), executivos da companhia fazem teleconferência com analistas e investidores.
A expectativa média de analistas aponta que a companhia divulgará lucro líquido ajustado de R$ 963 milhões para o período.
Dessa forma, isso representa aumento de 5% ante mesma etapa de 2023.
Qual é o histórico de dividendos da Caixa Seguridade (CXSE3)
A companhia vem distribuindo ao redor de 90% do lucro aos acionistas.
Os dividendos em geral são pagos semestralmente, com a primeira parcela quitada entre abril e maio.
Neste ano, porém, a primeira parcela, de R$ 840 milhões, veio em agosto.
| Ano Referência | Lucro Líquido Ajustado (R$ milhões) | Total Pago (R$ milhões) | Payout* % |
| 2024 (1° semestre) | 924 | 840 | 90,9% |
| 2023 | 3.501 | 3.151 | 90% |
| 2022 | 2.787 | 2.558 | 91,8% |
| 2021 | 1.801 | 1.621 | 90% |
Saiba mais sobre a Caixa Seguridade
| Raio X da Caixa Seguridade |
| Criada em maio de 2015 Ramos de atividade: seguros, capitalização, previdência complementar aberta, consórcios, corretagem. Líder no seguro habitacional, com quase 60% o mercado. Estreia na B3: abril de 2021 Acionistas: Caixa Econômica Federal, com 82,75% do capital Valor de mercado: R$ 43,5 bilhões |
Oferta de ações deve aumentar liquidez de CXSE3
A Caixa Econômica Federal aprovou no início do mês uma oferta subsequente de 2,75% das ações da Caixa Seguridade.
A data da operação depende das condições de mercado e pode acontecer ainda no final deste ano ou no começo de 2025.
Com isso, o free float, o parcela do capital da empresa em circulação no mercado, deve subir dos atuais 17,5% para 20%, piso para empresas que fazem parte do Novo Mercado da B3.
