Dividendos da Petrobras: saiba até quando comprar ações para receber provento

A Petrobras (PETR3; PETR4) definiu 16 de abril de 2025 como data de corte para o recebimento dos dividendos da empresa, previstos para serem pagos em duas parcelas, em maio e em junho deste ano. Ou seja, para receber seu quinhão dos lucros da petrolífera você deverá comprar ações da empresa, ou manter as que já tem, até essa data.

A Assembleia Geral Ordinária (AGO) dará a palavra final sobre a proposta de pagamento de dividendos da Petrobras. A empresa prevê pagar R$ 9,1 bilhões em dividendos. O pagamento de acordo com a proposta será de R$ 0,70954522 por ação ordinária e preferencial em circulação.

São duas parcelas iguais, cada uma correspondendo a 50% desse valor, nos dias 20 de maio e 20 de junho de 2025.

“Esta distribuição é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia”, afirma a Petrobras em comunicado.

“Os dividendos propostos para o ano já levam em consideração a correção pela Selic sobre as antecipações de dividendos e JCP relativos ao exercício social 2024, no valor de R$ 0,6 bilhão, que também foram descontados do total da remuneração aos acionistas. Vale comentar ainda que ao longo do quarto trimestre não houve recompra de ações”, completa a empresa.

Mercado fala em decepção e sinal de alerta com dividendos

A percepção do mercado é a de que os resultados que a Petrobras divulgou decepcionaram. De acordo com relatório do Itaú BBA, os resultados financeiros ficaram dentro do esperado, mas os dividendos abaixo das expectativas. Isso em razão de investimentos maiores.

“Não vemos essa decisão de antecipar investimentos como ruim em si, mas a revisão para baixo na meta de investimentos que a Petrobras fez em agosto gerou expectativa de maiores dividendos para o trimestre”, afirmam os analistas Monique Martins, Greco Natal, Eric de Mello e Bruna Amorim.

De acordo com o Bradesco BBI, os resultados de quarto trimestre da Petrobras devem acender sinal de alerta entre investidores. Isso por conta de um pagamento de proventos menor do que o esperado. Além disso, também há piora na dinâmica de capital de giro e maiores investimentos.

Os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka escrevem que o Ebitda de US$ 10 bilhões ficou 8% abaixo do que esperavam. O impactado decorreu do desempenho operacional fraco e alta nos custos.