A Ambev apresentou resultados melhores do que o esperado no terceiro trimestre de 2022, avalia o Bank of America (BofA) em relatório, com um lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (Ebitda) ajustado 5% acima do esperado pelo banco. O resultado foi impulsionado por um forte volume no Brasil e melhor margem.
Os volumes de cerveja no Brasil ficaram estáveis em relação ao ano anterior, em uma comparação difícil, sem comprometimento em termos de receita por hectolitro, explicado por uma forte execução dos segmentos centrais da operação da Ambev.
O banco destaca que as bebidas não alcoólicas continuam a se beneficiar da venda cruzada gerada pelo Bee, a plataforma entre empresas que permite a bares e restaurantes comprar da Ambev itens que vão além da cerveja.
“Por outro lado, as operações internacionais tiveram um caminho atribulado no terceiro trimestre, com os resultados do custo de aquisição de clientes esgotando devido a restrições logísticas e menor demanda devido ao aumento da inflação na região”, afirmam os analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares.
O BofA mantém a recomendação neutra para os papéis da Ambev, com preço-alvo de R$ 16, que representa uma valorização de 3,35% ante a cotação registrada há pouco. O banco atribui à avaliação ao alto custo e desaceleração da inflação no Brasil, que pode limitar o repasse, enquanto os concorrentes aumentam a capacidade.