Acionistas de referência da Americanas aumentam valor de aporte para R$ 12 bi; bancos veem chance de consenso

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira sinalizaram aumento de capital em mais R$ 2 bilhões

Fachada de loja da Americanas. Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo
Fachada de loja da Americanas. Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo

A Americanas informou que seus acionistas de referência sinalizaram que podem aumentar o volume de aportes em mais R$ 2 bilhões. Até então, a varejista já havia proposto um aumento de capital de R$ 10 bilhões.

Com isso, o total de aportes dos sócios da 3G Capital – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira — poderá chegar a um total de R$ 12 bilhões.

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O aumento no valor visa buscar “entendimentos com seus credores com vistas a um acordo que possa equacionar suas dívidas”, de cerca de R$ 40 bilhões.

Em comunicado ao mercado, a empresa explicou que os dois potenciais aumentos de capital adicionais, de até R$1 bilhão cada, poderão ser acionados “caso a companhia esteja, nas datas futuras a serem acordadas, acima de determinados limites máximos de alavancagem ou abaixo de um nível mínimo de liquidez”.

A Americanas, assessorada pelo Rothschild & Co, apresentou seu plano de recuperação judicial há duas semanas. A varejista disse que continua a conduzir reuniões periódicas com credores financeiros, mas segue sem um entendimento com os bancos.

Bancos veem chance de consenso

Os bancos credores da Americanas começaram a enxergar chance de consenso em torno da nova proposta de capitalização a ser feita pelo trio de acionistas de referência da varejista.

Segundo fontes ouvidas pelo Valor Econômico, ainda há detalhes para serem ajustados na proposta, mas o sinal é positivo e o caminho é de que a partir de agora as conversas convirjam para uma solução.

A negociação já vinha mais amena desde que a varejista elevou a proposta de aporte para R$ 10 bilhões, mas esse valor foi considerado insuficiente pelos bancos para aplacar a crise financeira da empresa. A primeira proposta, que foi imediatamente rechaçada, foi de um aumento de capital de R$ 6 bilhões.

Com informações de O Globo e O Valor Econômico, veículos parceiros da Inteligêngia Financeira.

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