Análise: Indicados não devem mudar estratégia da Petrobras e ações podem ficar menos voláteis

José Mauro Ferreira Coelho foi indicado para presidir a companhia, enquanto Márcio Andrade Weber irá ocupar a presidência do conselho

Fundos quantitativos, como o Medallion de Jim Simons, se destacam por sua capacidade de minimizar os vieses comportamentais que frequentemente afetam os gestores tradicionais
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A indicação pelo Ministério de Minas e Energia (MME) de José Mauro Ferreira Coelho como diretor-presidente da Petrobras e de Márcio Andrade Weber como presidente do conselho é uma notícia neutra, na medida em que não deve causar grandes mudanças na estratégia da Petrobras, diz a XP, em relatório.

A XP destaca que as indicações precisam ser aprovadas na assembleia anual de acionistas da empresa em 13 de abril para se tornarem oficiais. Os indicados anteriormente, Adriano Pires e Rodolfo Landim, decidiram desistir de seus cargos.

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O relatório diz ainda que Coelho é ex-secretário do MME e atualmente presidente da PPSA, empresa estatal responsável pelos contratos de partilha e comercialização de petróleo e gás do pré-sal devidos ao governo, enquanto Weber já é membro do conselho da Petrobras e também fez parte da divisão de serviços da Petrobras Internacional e foi diretor da Petroserv.

A XP manteve sua recomendação de compra para as ações preferenciais da Petrobras, com preço-alvo de R$ 47,80, potencial de alta de cerca de 47% ante o fechamento de ontem.

Volatilidade menor

As indicações de José Mauro Ferreira Coelho e Márcio Andrade Weber para diretor-presidente e presidente do conselho da Petrobras, respectivamente, devem reduzir a volatilidade nas ações da companhia, diz o Goldman Sachs.

Os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins escrevem que os dois possuem experiência no setor, o que ameniza a desistência de Adriano Pires e Rodolfo Landim dos cargos, diminuindo incertezas sobre o comando da estatal.

Eles reiteram que, no curto prazo, não devem acontecer mudanças drásticas nas políticas de preços da Petrobras por conta das amarras existentes na lei e também no estatuto da companhia.

O Goldman Sachs tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em R$ 36,90 para a ação preferencial e R$ 38,80 para a ordinária, respectivamente, potenciais de alta de 14% e 11% sobre os fechamentos de ontem.

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