Após bater R$ 150 bi sob gestão, XP Asset quer crescer em alternativos

Para avançar nos alternativos, a XP começou a usar sua base de agentes autônomos, formada por cerca de 11,3 mil pessoas, para encontrar oportunidades de negócio

(Foto: Pixabay)
(Foto: Pixabay)

Recém-chegada à marca de R$ 150 bilhões em ativos sob gestão, a XP Asset busca crescer nos próximos anos sobretudo no mercado de investimentos alternativos. A gestora, criada há 16 anos, avançou primeiro nas classes mais tradicionais — como renda variável, multimercados e renda fixa —, mas nos últimos anos tem privilegiado investimentos ilíquidos, como a compra de participações em empresas.

“Dentro da célula de alternativos, muita coisa boa aconteceu nos dois últimos anos”, diz Bruno Castro, CEO da XP Asset. “Levantamos fundos grandes e bem pulverizados em número de cotistas e democratizamos investimentos que antes só eram acessados por grandes investidores institucionais.”

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Para avançar nos alternativos, a XP começou a usar sua base de agentes autônomos, formada por cerca de 11,3 mil pessoas, para encontrar oportunidades de negócio. “Um dos grandes desafios de um fundo alternativo ou um fundo de crédito é a originação”, diz Castro. “O mercado está muito no eixo Rio-São Paulo e nós temos um diferencial grande de ter uma rede de pessoas no Brasil inteiro que podem nos apresentar oportunidades em outras regiões.”

As indicações, que antes eram feitas de maneira mais informal, começaram a ser tratadas neste ano por uma área específica dentro da gestora. As informações básicas são cadastradas em um sistema pelos agentes autônomos e, a partir daí, o time de análise fica responsável para ver se são bons negócios, diz Castro.

“É muito mais fácil para a pessoa que está no local nos originar essa oportunidade, e isso nos ajuda tanto na parte de crédito quanto na parte de investimentos em empresas”, diz o presidente da XP Asset. Hoje, mais da metade das oportunidades em investimentos que estão sob análise para fundos alternativos e de créditos estruturados veio de agentes autônomos.

A XP tem 13 estratégias de gestão e atua em segmentos como private equity e “special situations” — conjunto que engloba estratégias em ativos sem liquidez, mas com perspectivas de bom retorno, como em dívida com garantia de empresas em reestruturação financeira, em recuperação judicial ou extrajudicial e compra de precatórios.

Há um ano, a gestora estreou no agronegócio com a criação de um fundo. “Agro nem é tão alternativo assim, mas é uma estratégia nova no mundo dos fundos”, afirma Castro. “Antes os bancos controlavam grande parte desse fluxo de empréstimos para o agronegócio, mas os fundos dedicados têm crescido de forma mais intensa nos últimos 12 meses.”

Em junho deste ano, a estreia foi no universo das startups, com a captação de R$ 915,7 milhões em um fundo ao lado de Romero Rodrigues, fundador do Buscapé. No total, foram 12,5 mil investidores no maior veículo de participação em empresas (FIP) no Brasil em número de cotistas.

Há dois anos no cargo, Castro tem o objetivo de tornar a XP Asset a “mais valiosa da América Latina”. “Nosso ritmo de crescimento e foco está alinhado para isso”, diz. Hoje, a casa ocupa o oitavo lugar no ranking de gestão da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

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