Bancos aguardam nova proposta de Americanas até início da próxima semana

Apesar da expectativa em torno de reuniões que seriam feitas pelos acionistas de referência, as negociações permanecem sendo conduzidas pelo Rothschild

Fachada de Americanas - Foto: Hermes de Paula
Fachada de Americanas - Foto: Hermes de Paula

Em uma negociação que vem caminhando muito lentamente, a Americanas sinalizou a seus bancos credores que uma nova proposta na busca de uma solução para a crise da varejista seria encaminhada até a próxima semana. A indicação vem num momento em que volta a crescer a pressão por uma capitalização da empresa, já que investidores mostraram pouco apetite em participar de um empréstimo pela modalidade “DIP”, uma possibilidade permitida dentro de uma recuperação judicial.

Apesar da expectativa em torno de reuniões que seriam capitaneadas pelos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, as negociações permanecem sendo conduzidas principalmente por Luiz Muniz, sócio do banco Rothschild e que foi contratado poucos dias depois que a crise contábil da varejista eclodiu, quase um mês. Um primeiro contato com os credores também já foi feito por Sicupira, mas sem uma proposta de solução concreta, apurou o Valor.

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Mais recentemente, outra frente de negociação foi aberta com os bancos por meio da consultoria Alvarez & Marsal, juntamente com Camille Faria, que assumiu o comando da área financeira da varejista depois de rombo de R$ 20 bilhões do balanço se tornar público, disse uma fonte.

Embora haja um clima de expectativa em torno de uma nova proposta, há também muita descrença sobre o pacote. A mensagem nos bastidores dos credores é de que “não adianta oferecer um DIP”, diante da leitura de que essa não será uma solução para a empresa.

“Ainda não há nada de concreto e não há solução sem capitalização grande”, disse uma fonte.

A pressão segue por uma injeção de capital, pelos acionistas de referência, de ao menos R$ 15 bilhões.

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