Bancos credores defendem que acionistas façam capitalização de pelo menos R$ 10 bilhões na Americanas
Contratado pela Americanas para renegociar a dívida, o banco Rothschild já começou a conversar com executivos dos principais credores financeiros da varejista
Contratado pela Americanas para renegociar a dívida da companhia, o banco de investimentos Rothschild já começou ontem mesmo a conversar com executivos dos principais credores financeiros da varejista.
O Valor apurou que Luiz Muniz, chefe do Rothschild no Brasil, está conversando individualmente com cada banco. Nessa primeira abordagem, o executivo tenta entender a intenção de cada instituição financeira sem apresentar propostas ou números relativos à companhia. A ideia, por enquanto, é tomar pé da situação e testar as águas.
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Uma reunião com o grupo de credores talvez seja marcada para esta quarta ou quinta-feira.
O Rothschild foi nomeado ontem pela Americanas. Os bancos vinham se queixando de que a companhia não tinha um interlocutor com mandato para tratar da renegociação. Porém, a indicação do banco de investimento não agradou a todos, já que ele é próximo dos acionistas de referência da Americanas — o trio formado por Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.
Os bancos defendem que os acionistas façam uma capitalização de pelo menos R$ 10 bilhões na Americanas para conter o estrago feito pela contabilização indevida do financiamento de operações com fornecedores. A empresa acenou no fim da semana passada, de maneira informal, com algo em torno de R$ 6 bilhões e propôs que os bancos trocassem uma pequena parte de seus créditos por debêntures conversíveis em ações da empresa, o que as instituições financeiras rechaçaram.