Black Friday ‘recorde’? Mercado Livre acredita que sim

Quadro de juros e inflação elevados e de crescimento lento do PIB não tem representado um obstáculo às vendas, diz executivo

Semana promocional da Black Friday 2022 deve atrair um número maior de consumidores dispostos a fazer compras e a gastar mais. (Ilustração: Marcelo Andreguetti)
Semana promocional da Black Friday 2022 deve atrair um número maior de consumidores dispostos a fazer compras e a gastar mais. (Ilustração: Marcelo Andreguetti)

O Mercado Livre prevê vender pelo menos 20% mais na Black Friday deste ano e bater em novembro seu recorde histórico de vendas, disse à coluna Capital, do Globo, Fernando Yunes, vice-presidente sênior e líder do marketplace no Brasil.

Uma coincidência de datas dará um empurrãozinho extra: o principal dia do calendário do e-commerce (25 de novembro) cairá este ano em plena Copa do Mundo, cuja edição do Catar foi marcada alguns meses depois da época tradicional.

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“Por essas e outras razões, novembro será o melhor mês da história do Mercado Livre. A expectativa é ter um crescimento superior a 20% na comparação com novembro do ano passado”, diz Yunes.

Em 2018, na última Copa, as vendas de TV no Mercado Livre cresceram 22% nos dois primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2017. Este ano, as buscas por TVs já crescem 30% (dados da primeira metade de agosto, na comparação com julho). Já as vendas avançaram 15% no mês de agosto como um todo.

Juros e inflação elevados

De acordo com Yunes, o quadro de juros e inflação elevados e de crescimento lento do PIB não tem representado um obstáculo às vendas. No segundo trimestre, a receita líquida do Mercado Livre bateu recorde, avançando 56,5% na comparação anual. O GMV — que é o volume total de vendas — saltou 21,8% em dólar. O Brasil responde por mais de metade do resultado global do grupo argentino.

“O e-commerce ainda é jovem na América Latina, a penetração ainda é baixa, representa apenas 14% do varejo como um todo. Por isso ele segue crescendo. E, apesar da volatilidade, a gente tem conseguido ganhar ‘market share’ nos últimos oito trimestres”, diz.

Segundo o executivo, o Mercado Livre ampliou sua infraestrutura logística para dar conta do incremento de vendas na Black Friday. A empresa espera há um mês, por exemplo, seu primeiro “centro de consolidação” (sortation center, como batizou a Amazon em 2014) na América Latina. Diferentemente de um centro de distribuição (CD) tradicional, onde as encomendas são separadas e empacotadas, o “centro de consolidação” já recebe pacotes prontos com o objetivo de tornar sua entrega mais eficiente.

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